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Instituto de Cegos adota sistema de geração de energia fotovoltaica

O Instituto de Cegos do Brasil Central acaba de instalar sistema de geração de energia solar. Ao todo foram colocadas 115 placas fotovoltaicas

Luiz Gustavo Rezende
Publicado em 01/11/2019 às 20:57Atualizado em 18/12/2022 às 01:35
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Divulgação

Felício Costa, presidente do Instituto de Cegos, quando do recebimento das placas para geração de energia fotovoltaica

O Instituto de Cegos do Brasil Central (ICBC) acaba de instalar sistema de geração de energia solar. Ao todo foram colocadas 115 placas fotovoltaicas sobre o ginásio poliesportivo da entidade. O sistema, que gera energia elétrica a partir da luz solar, vai proporcionar uma economia acima de 60% a 70% no consumo do ICBC. 

Felício Costa, presidente do ICBC, em contato com a reportagem do Jornal da Manhã, comemorou a instalação do novo sistema e lembrou que a consumo de energia elétrica no ICBC é grande. “Já chegamos a pagar quase R$11 mil de energia elétrica, então, nós viabilizamos a instalação desse sistema, que será muito positivo”, aponta. Segundo Felício, há um projeto em curso junto ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) para aumentar a produção de energia a partir da luz solar e tornar o ICBC autossustentável. “Fizemos essa primeira parte com recursos próprios e o MMA está liberando recursos para fazermos a segunda parte para garantir nossa autonomia”, revela. Na segunda parte do projeto serão instaladas mais 70 placas fotovoltaicas. 

O ICBC é uma Organização Não-Governamental (ONG) voltada a criar, desenvolver e executar projetos para melhoria da qualidade de vida do deficiente visual nas áreas de saúde, educação e atendimento. O ICBC foi fundado no dia 25 de agosto de 1942, ou seja, atua há 77 anos em Uberaba, localizado na rua Marquês do Paraná, bairro Estados Unidos.

Empresários do setor de energia solar resistem à taxação proposta pela Aneel. “Empresários que atuam na criação de projetos, financiamentos e instalação de energia solar estão assustados com a proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).” A frase é de Márcio Arruda, engenheiro elétrico e sócio-proprietário da Engecad, e reflete como está o mercado após a órgão regulador propor taxação sobre a energia solar que transitar pelo sistema de distribuição das concessionárias. 

Arruda esclarece que já estava prevista uma modificação este ano pela Aneel. Porém, ressalta que nem uma das propostas é positiva para o setor. “São cinco propostas que foram colocadas. A número um é menos prejudicial e a cinco é a pior delas. As concessionárias forçam para taxar o excedente jogado no sistema de distribuição e argumentam que investiram em redes, transformadores etc. Em parte é compreensível, mas o percentual é que está alto”, aponta.

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), caso Aneel efetive uma das propostas, o Brasil deixará de arrecadar R$27 bilhões até 2027, afetando 12.000 pequenos e microempreendedores. Caso seja mantido o cenário atual, serão criados 670 mil novos postos de trabalho.

Segundo Arruda, nas atuais normas, existem sistema que se pagam com cinco anos de economia do consumo. Caso efetivada alguma das propostas da Aneel, o tempo pode chegar a 25 anos, dependendo do tamanho do sistema que for instalado. Empresários brasileiros e entidades classistas se mobilizam para realizar manifestação na próxima semana, dia 7 de novembro. 

Associação pede à agência mais prazo para discutir as propostas formuladas. A Absolar protocolou ofício em outubro na Aneel. No documento a entidade pede que a agência reguladora estenda o prazo de debate. Originalmente, o prazo proposto pela Aneel é de apenas 45 dias, cujo tempo é, na visão da Absolar, inadequado para uma análise técnica satisfatória e aprofundada sobre a revisão regulatória e seus possíveis impactos na sociedade e nos mercados. 

Com esses argumentos, a entidade defende um prazo de, no mínimo, 90 dias para o processo de consulta pública. A entidade alerta para a necessidade de se criar condições de ampla participação da sociedade brasileira no debate regulatório, com a realização de, ao menos, uma audiência pública presencial em cada região do país (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), já que a agência restringiu a apenas um encontro presencial em Brasília no dia 7 de novembro, o que seria insuficiente para envolver os consumidores com geração distribuída localizados em mais 70% dos municípios brasileiros.

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