CIDADE

Doação nas ruas atrapalha serviços de acolhimento em Uberaba, diz secretário

O alerta não é recente, mas as pessoas insistem em levar alimentos para andarilhos; Tulio Cury orienta população a doar nas entidades

Publicado em 29/09/2019 às 20:19Atualizado em 18/12/2022 às 00:39
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Jairo Chagas/Arquivo JM

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Seds) direciona trabalhos após resultados do levantamento sobre moradores em situação de rua em Uberaba. Durante pesquisa feita entre os dias 2 e 12 de setembro, a Seds entrevistou 208 pessoas em situação de rua, sendo 181 morando na cidade (deles, 92 já atendidos pela secretaria) e 27 migrantes e itinerantes, que foram reconduzidos a cidade de origem. 

O secretário de Desenvolvimento Social, Marco Túlio Cury, destaca que das 208 pessoas entrevistadas, 92 estão institucionalizadas em entidades de acolhimento parceiras da Seds em Uberaba. “Elas estão em situação de rua, mas não estão na rua. Efetivamente na rua, temos 89 pessoas, sendo o nosso trabalho buscar acolher essas pessoas, mas precisamos da ajuda da população uberabense, pois identificamos que os que insistem em permanecer na rua, fazem isso por receberem doações, e por isso, não tem interesse em ir para uma entidade”, ressalta o secretário. 

O alerta não é recente. A ação da Abordagem Social junto às pessoas em situação de rua é rotineira. Nos pontos onde normalmente ficam essas pessoas, o secretário alerta quanto à necessidade de intensificar as ações e de chamar atenção entre aqueles que doam para a forma mais adequada de fazê-lo. 

Cury orienta as pessoas que queiram ajudar que não doem cobertores, colchões ou alimentos na rua, mas sim nas instituições. “Nas entidades, eles têm um acolhimento mais completo, disciplina, trabalho voltado para o estudo de onde houve a ruptura do vínculo com a família”, explica. Segundo o levantamento da Seds, o rompimento de vínculos familiares é um dos principais motivos que levou os entrevistados à situação de rua, com 69,06%, junto com o abuso do álcool (70,72%) e dependência química (50,83%). Nos casos de dependência química ou de álcool, as instituições encaminham os acolhidos para atendimento na rede de atenção do Município, junto ao Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (CAPS AD). 

Rol. Para ter conhecimento da listagem de instituições parceiras da Seds, as pessoas podem entrar em contato com o Departamento de Proteção Social Especial pelo telefone 3331-2433, ou, caso saibam de alguém em situação de rua, podem acionar a Abordagem Social, que atende com equipes de manhã, à tarde e em plantões à noite, finais de semana e feriados pelo telefone 99667-4451.

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