CIDADE

Embora alarmante, crack não é a droga que mais preocupa em Uberaba

Relatório do Observatório do Crack aponta que Uberaba está em nível médio em relação à droga

Marília Mayer
Publicado em 27/09/2019 às 18:24Atualizado em 18/12/2022 às 00:37
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Relatório do “Observatório do Crack” publicado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra que Uberaba está entre os municípios considerados de nível médio em relação ao crack.

O índice que classifica as cidades é baseado nos relatórios de segurança pública e saúde. É a partir deste estudo que a previsão de necessidades é feita e os recursos disponibilizados para políticas de enfrentamento.

As políticas públicas antidrogas desenvolvidas pelo município são as mesmas vigentes desde 2018. Segundo o diretor de atenção psicossocial da Secretaria Municipal de Saúde, Sérgio Marçal, não há mudanças previstas.

“Da parte da saúde, o que está vigente no SUS é o tratamento no CAPS AD para os casos graves e a prevenção em toda a atenção básica e isso é entrelaçado ao trabalho das outras políticas”, explica.

Marçal considera que estar dentro da média brasileira é um bom sinal, porém é preciso avançar no desenvolvimento de uma rede formada por setores como habitação, educação, saúde, esporte e lazer, cultura, assistência social, saúde entre outros, com o objetivo de organizar o ambiente que o usuário está inserido e sensibilizar a população para o uso e abuso de drogas.

Vício silencios a droga com maior consumo em Uberaba é o álcool

Embora o relatório da CNM traga informações sobre o crack, a droga com maior consumo e que mais ocupa a rede pública de saúde em Uberaba é o álcool.

O diretor de atenção psicossocial analisa que o dano provado pelo álcool é extenso, pois, além de ocupar a rede de saúde na recuperação, lota o sistema hospitalar e de segurança pública, especialmente, no final de semana.

“Fato é que o álcool provoca prejuízos da cabeça aos pés. Desde os problemas neurológicos e demência precoce até os problemas circulatórios, gástricos e por aí vai. O dano é em todo o corpo”, alerta Marçal.

O profissional aposta na educação pela informação para que seja possível fazer a intervenção precoce e evitar agravos.

“A gente vive hoje uma banalização de uso de álcool, inclusive, entre os adolescentes. As festas open bar, os happy hours de final de tarde que começam na segunda, terça-feira. A gente vê as pessoas bebendo mais, com mais frequência e acaba que esse perfil de uso, abuso e dependência acaba sendo uma escala comum.”

Atualmente, são feitos, em média, 350 pessoas em estado grave são atendidas por mês no CAPS AD. 

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