Pesquisa do SPC divulgada recentemente aponta que 40% das pessoas que utilizam o cheque como meio de pagamento entram no limite especial todos os meses
Pesquisa do Serviço de Proteção de Crédito (SPC) divulgada recentemente aponta que 40% das pessoas que utilizam o cheque como meio de pagamento entram no limite especial todos os meses. Outros 30% revelaram que utilizam o limite a cada dois ou três meses.
Ângelo Crema, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), afirma que o número é extremamente preocupante. “Os números são muito preocupantes, apesar de os economistas orientarem para que as pessoas tenham cuidado com os altos juros que estão embutidos nesse tipo de empréstimo”, lamenta o líder classista, lembrando que a taxa de juros nesse tipo de operação pode chegar a 320% ao ano.
A alta taxa, de acordo com o dirigente, cria uma “bola de neve”, acumulando juro sobre juro e a pessoa acaba não conseguindo pagar. “Nossa recomendação a quem se utiliza do cheque especial é para que, antes de entrar nessa linha de crédito, analise sua situação e a capacidade para endividamento, como forma de o uso do cheque especial não se tornar um débito impagável”, posiciona.
Apesar de a pesquisa ter sido realizada nas 27 capitais do país, Crema observa que o mesmo cenário é observado no interior e sugere que, na medida do possível, o cliente faça compras à vista ou pelo crediário próprio da loja. Em Uberaba, ele estima que a inadimplência está entre 17% e 20% do público. Por fim, observou que o cartão de crédito “também carrega uma carga de juros altíssima e pode ser um vilão da estabilidade financeira se mal utilizado”.