CIDADE

Funcionários dos Correios em Uberaba entram em greve hoje

Após assembleia realizada na noite de ontem, categoria decidiu paralisar as atividades em defesa de direitos da categoria e contra a privatização da empresa

Luiz Gustavo Rezende
Publicado em 10/09/2019 às 22:02Atualizado em 18/12/2022 às 00:09
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Jairo Chagas

Wolnei Capoli, presidente do Sintect-URA, diz que a categoria quer a manutenção de direitos já conquistados

O Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Uberaba e Região (Sintect-Ura) realizou assembleia ontem à noite e comunicou decisão de paralisação por tempo indeterminado, a partir de hoje, em 156 cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. O sindicato estava em estado de greve, negociou suas reivindicações por intermédio do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e aguardou calendário estabelecido por outros sindicatos com abrangência nacional para dar o start grevista. 

Wolnei Capoli, presidente do Sintect-Ura, em contato com o Jornal da Manhã após a assembleia, ressaltou que a decisão se dá em “defesa dos direitos trabalhistas que estão sendo retirados”, declara. Ele afirmou ainda, em nota, que a classe “defende os Correios 100% estatal e que é contra o processo de privatização”.

No início do mês o JM havia antecipado que a greve seguiria datas definidas pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e Central Única dos Trabalhadores (CUT). Antes da assembleia, uma publicação editada pela Fentect foi distribuída. Nela, a federação afirma que a estatal teve postura autoritária no período de negociação que foi mediado pelo TST. A Fentect aponta ainda receita líquida de R$160 milhões no último ano obtida pelos Correios. Por fim, destaca que as medidas tomadas têm por objetivo enxugar a estrutura da estatal para “entregá-la” à iniciativa privada.

O Sintect-URA reclama de reajuste menor que a inflação nos últimos anos e perda de benefícios, como plano de saúde para familiares. A categoria ficou em estado de greve por um longo período, que se encerrou no dia 31 de agosto. Durante o período de negociação os trabalhadores viram o governo federal anunciar desejo de privatização da estatal.

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