Jairo Chagas
UPA São Benedito é um dos locais de atendimento de pacientes da urgência e que muitas vezes precisam aguardar vagas em hospitais
Pacientes que estão internados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do São Benedito e aguardam leitos no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) reclamam de demora excessiva na transferência. Queixas foram enviadas à reportagem do Jornal da Manhã por meio do aplicativo de mensagens [99777-7900].
Daniel Cristiam dos Santos, de 37 anos, afirmou que sofreu infarto no domingo, dia 11, e desde então aguarda leito e segue sem saber quando será transferido para ser submetido a um cateterismo. “Diversas vezes falaram que eu ia ser transferido; eu fico de jejum, não me alimento direito e, em cima da hora, desmarcam a transferência. Eu estou me enfraquecendo com jejum direto e não me transferem”, reclama.
Segundo Daniel, há outros três casos similares na unidade de saúde em que ele está internado. José Cornélio, de 72 anos; Célia Regina Machado, 59 anos, e outro paciente, que não teve o nome revelado.
Andreza Maria, filha de Regina Célia, também fez reclamações referentes à demora na disponibilização de leitos para transferência. “Minha mãe está aqui desde quinta-feira, dia 15, e está muito debilitada. Estou com medo de que ela não aguente a demora até ser disponibilizado o leito”, lamenta. Ela reclamou, ainda, que teve de se ausentar do serviço hoje para acompanhar a mãe, que recebeu a promessa de transferência, o que não foi concretizado. “Eu tive que faltar do serviço porque falaram que minha mãe ia ser transferida e, em cima da hora, desmarcaram. É muito descaso. Agora, me falaram que ela vai ser transferida e tenho que faltar de novo do trabalho, sem saber se dessa vez vai ser transferida mesmo”, revela.
Acionada, a Prefeitura Municipal de Uberaba respondeu, em nota, que: “Os cateterismos cardíacos são realizados em alguns casos que não são de extrema urgência, mas, para melhor situação clínica, o procedimento em Uberaba pelo SUS é realizado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Esse fluxo é de responsabilidade direta do HC-UFTM e, também, da Central de Regulação Estadual, que tem referência direta sobre esses pacientes”.
“A Secretaria Municipal de Saúde monitora a existência e o tempo de permanência dos pacientes dentro das UPAs e alerta a Central Estadual de Regulação, conforme estabelecido por normas da cogestão de leitos em Minas Gerais”, conclui.