CIDADE

Autoescola que mais aprovou no 1º semestre chegou a apenas 33%

Resolução do Contran exige que os Centros de Formação de Condutores obtenham o percentual mínimo de 60% de aprovação

Luiz Gustavo Rezende
Publicado em 20/07/2019 às 14:22Atualizado em 17/12/2022 às 22:40
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Fábio Braga

Os empresários do setor de autoescolas se queixam da falta de critérios objetivos no momento dos exames práticos

Na mesma situação do início do ano, nenhum dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) atingiu o percentual mínimo de aprovação, de 60%, exigido pela resolução 358/10 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para a categoria B no primeiro semestre. Para piorar, no período de janeiro até junho de 2019, somente dois CFCs alcançaram a metade da meta estabelecida. 

Em janeiro, reportagem do Jornal da Manhã, baseada em dados de relatório de produtividade do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), de 2018, revelou que nenhuma autoescola havia atingido a média satisfatória ao longo dos doze meses.

Para não gerar tendência de mercado, os nomes das empresas que formam futuros motoristas serão preservados. A empresa que mais aprovou no primeiro semestre deste ano garantiu a habilitação a apenas 35,71% dos candidatos; a segunda, 33,33%, e o CFC com o terceiro maior índice de aprovação alcançou 29,03% de média positiva.

Se a análise for feita entre os que menos aprovam, o dado é menos animador ainda. A terceira empresa que menos aprovou registrou o índice de 16,98%; a segunda, 13,16, e a menos eficiente, 7,79%. Nesse último caso, é como se de cada cem alunos menos de oito fossem aprovados.

Empresários do ramo questionam o sistema de avaliação, que, sem critérios objetivos, após pequenos deslizes do candidato na hora do exame, favorece a reprovação.

Na contramão, as avaliações teóricas e técnicas têm índices mais positivos. Na contramão dos exames práticos de direção, os dados de aprovação dos exames teóricos e técnicos (prova de legislação), no mesmo período, apresentaram melhores índices. Das nove empresas credenciadas para aplicação da avaliação de legislação apenas duas ficaram abaixo da meta, de 60%, mas bem próximas: 55,70% e 59,20%. Outras sete empresas apresentam índices acima do exigido. A empresa que mais aprovou alcançou 77,60%; a segunda, 75%, e a terceira, 70,91%. Os dados do relatório do Departamento de Trânsito de Minas Gerais alcançam as avaliações realizadas de forma eletrônica e manual. 

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