CIDADE

Servidores da Jucemg fazem acordo com o Governo após mais de 120 dias de greve

Após 122 dias paralisados, os servidores da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg) voltaram ao trabalho

Thassiana Macedo
Publicado em 04/01/2018 às 22:51Atualizado em 16/12/2022 às 07:34
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Após 122 dias paralisados, os servidores da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg) voltaram ao trabalho depois de assinar acordo com o secretário da Fazenda de Minas Gerais, José Afonso Bicalho Beltrão da Silva. Durante a greve, os serviços funcionaram em escala de 30%. De acordo com informações da Associação dos Servidores da Jucemg (Asjuc), durante esse período, mais de 25 mil processos ficaram parados.

Embora empresários de todo o Estado estivessem enfrentando dificuldades para abrir ou fechar uma empresa, fazer alteração contratual ou solicitar simples certidões em Minas Gerais, e o Estado tenha deixado de arrecadar impostos e tributos de cada empresa não aberta, os servidores também saíram perdendo. É o que afirma a presidente da Asjuc, Alessandra Araújo.

Segundo Alessandra, a greve somente terminou com a intervenção do governador Fernando Pimentel, que se comprometeu em dialogar com a categoria com a presença do secretário da Fazenda. Já a administração somente chamou os servidores para conversar após mais de três meses de paralisação. “E, apesar de várias reuniões internas com o presidente da Jucemg e seus diretores, não foi possível chegar a um acordo”, frisa.

A greve da Jucemg começou em 28 de agosto e, em encontro com o secretário José Afonso Bicalho, os servidores conseguiram ter algumas de suas reivindicações atendidas, entre elas a definição de uma agenda de trabalho para elaborar estudos e implementar o plano de carreira dos servidores. O grupo terá 90 dias para concluir a proposta. “Também será instituída uma comissão para definir critérios de regularização dos trabalhos e para o pagamento dos dias parados”, explica Alessandra Araújo.

O secretário autorizou melhorias na ajuda de custo e que a comissão, formada por representantes das duas partes, também se reúna para analisar a possibilidade de atender outras reinvindicações, como a implementação do crédito de assiduidade, fim de desvio de função e de nepotismo e marcação de ponto dos servidores. “Durante os 120 dias de paralisação, os servidores foram duramente penalizados com cortes de salários, mas ficou um saldo positivo, porque a categoria teve a pauta de reivindicações atendida, o que vai minimizar 12 anos sem concessão de reajustes e quatro anos sem concessão da data base”, avalia a presidente da Ajusc.

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