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Wolnei Capolli, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Uberaba e Região, diz que foi pela falta de negociação que se iniciou a greve
Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares de Uberaba e Região (Sintect-URA) segue orientação da Federação Nacional e a mobilização para greve continua. Mesmo com o posicionamento do Tribunal Superior do Trabalho (TST), de que greve dos Correios é abusiva, determinando a retomada dos trabalhos, o sindicato diz que greve tem que continuar e que medidas judiciais estão sendo adotadas.
Segundo o ministro Emmanoel Pereira, a greve foi deflagrada com a negociação ainda não encerrada, o que determinou a abusividade do movimento.
O presidente do Sintect-URA, Wolnei Capolli, explica que foi justamente pela falta de negociação que os trabalhadores decidiram pela greve. “Apesar de não ser surpresa este posicionamento, existem situações que não estamos compreendendo, etapas que não estão sendo cumpridas, como, por exemplo, a necessidade de convocar a federação e a empresa para negociação, antes de determinar a retomada ao trabalho. Antes de decidir pela greve, tentamos negociar, mas não havia discussão, a empresa só apresentava o que iria retirar do acordo coletivo de 2018”, explica.
Assim, Wolnei destaca que o departamento jurídico da federação já está tomando medidas cabíveis para derrubar essa decisão e ainda as ações necessárias para defender os trabalhadores, “uma vez que a ordem da federação é para ampliar as conversas com os trabalhadores e manter a greve. Não devemos retroceder, mais sim avançar sempre”. Wolnei enfatiza ainda que a federação também está atenta juridicamente a qualquer medida que a empresa possa adotar com trabalhadores que se mantiverem em greve.