POLÍCIA

Pai e madrasta de adolescente morta por disparo ficam presos

Foram autuados por posse ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e omissão de cautela, mas seguem sendo investigados sobre possível envolvimento com a morte da estudante

Carlos Paiva
Publicado em 14/07/2021 às 19:48Atualizado em 19/12/2022 às 02:56
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Drogas, arma, munições e até um pé de maconha foram localizados na casa do pai e da madrasta da vítima (Foto/Divulgação)

O pai e a madrasta da estudante Emily Pereira Martins foram autuados em flagrante, na Polícia Civil, por tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e omissão de cautela. Eles foram presos logo após a estudante, supostamente, ter disparado um tiro no próprio abdome. O fato teria ocorrido na rua João Batista Ribeiro, Distrito Industrial 2, no início de terça-feira (13).

O casal deu entrada no presídio de Sacramento no fim da manhã de ontem. No fechamento desta matéria, o corpo da estudante ainda estava no IML, à espera de identificação, para passar por exame de necropsia e, em seguida, ser liberado para velório e sepultamento, mas, segundo o pai, ela não tem mais parentes em Uberaba.

Na casa do casal, de 34 e 26 anos, policiais militares encontraram arma de fogo, um revólver Taurus de calibre 32, possivelmente usado na morte da estudante, dez cartuchos intactos de calibre 32, 11 cartuchos vazios também de calibre 32, uma munição calibre 38, seis cartuchos de calibre 38 vazios, uma balança de precisão, um pote de vidro com maconha, um pote de plástico com maconha, um pé de Cannabis (maconha) e um caderno com anotações de possível tráfico de drogas.

A estudante foi socorrida inicialmente por uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar, que estava próximo ao local e chegou rapidamente à casa onde teria ocorrido o disparo de arma de fogo, e depois repassada a uma unidade avançada do Samu. Os bombeiros militares encontraram a estudante caída, consciente, com resposta motora e verbal incompreensível, perfuração aparente de arma de fogo na região central do abdômen – sem orifício de saída e com uma grande quantidade de sangue expelida pela boca, aparentemente causada pela perfuração de algum órgão interno.

Ela sofreu duas paradas cardiorrespiratórias. Eles conseguiram reverter, mas a jovem estudante não suportou o ferimento causado pelo tiro e morreu na entrada do pronto-socorro.

O delegado de plantão na Polícia Civil entendeu que o casal teria supostamente praticado os crimes em que foi autuado. Com relação à morte da estudante Emily Pereira Martins, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vai instaurar procedimento investigativo para apurar com mais clareza o que aconteceu na casa e se realmente foi a vítima quem disparou contra seu próprio abdome e por que faria isso.

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