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Para Fulvio Ferreira, é preciso ter recurso circulando e quanto mais melhor, pois traz riqueza para todos os segmentos
Liberação de contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve aquecer o comércio. Assim como o trabalhador, o comerciante espera com expectativa a circulação desse recurso, pois pode movimentar o setor com o pagamento de dívidas e compras.
O calendário de saques deve ser anunciado pelo Governo amanhã. O cronograma de liberação do dinheiro ainda não foi divulgado oficialmente, mas os saques deverão ocorrer de acordo com o mês de aniversário do trabalhador. Depois da divulgação, a Caixa deverá começar a receber demandas sobre a retirada do dinheiro.
Existem hoje 18,6 milhões de contas inativas há mais de um ano, com um saldo total de R$41 bilhões. A expectativa é de que 70% dos 10 milhões de trabalhadores com direito ao saque procurem a Caixa. Com isso, o Governo pretende injetar dinheiro na economia, aumentando o consumo. “Essa é uma notícia extremamente positiva, uma vez que esses recursos, que não são poucos, virão, quase que na totalidade, para o comércio, para o pagamento de dívidas, de contas atrasadas ou de novas compras. Será um alento para o comércio, que estava com dificuldades”, explica o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Uberaba (CDL), Fulvio Ferreira.
O presidente acredita que o consumidor deve gastar esse recurso de acordo com a necessidade, ou seja, no pagamento de contas atrasadas ou na compra de novos produtos. “O governo percebeu que o mercado precisa de uma injeção de ânimo, de dinheiro. É necessário ter recurso circulando e quanto mais, melhor, pois traz riqueza para todos os segmentos”, afirma.
Portanto, já que vem dinheiro para o consumidor, Fulvio sugere aos comerciantes que se preparem para atrair, com promoções e divulgação; que sejam pró-ativos para buscar parte desse recurso para a sua empresa.
Seguindo orientações do economista Sérgio Martins, repassadas recentemente em entrevista ao Jornal da Manhã, vale lembrar que, se não houver dívidas e o trabalhador não tiver com o que gastar, a melhor alternativa será guardar o dinheiro, depositando em poupança, fundo de investimento ou renda fixa, para que ele possa utilizar essa reserva quando precisar de algo futuramente.