Professores realizam seminário para debater sobre a igualdade racial

Dentro da programação para o Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado domingo (20), os professores da rede municipal (Sindemu), estadual (Sind-UTE) e particular (Sinpro-MG) de ensino realizam hoje seminário em defesa da igualdade racial. O debate começa às 8h, na sede regional do SinproMinas, no bairro Mercês.

Conforme o diretor regional da entidade, Marcos Gennari Mariano, o evento tem como objetivo ampliar o debate acerca dos prejuízos causados pelas medidas tomadas pelo governo. “Tanto com relação à medida provisória que altera o currículo do ensino médio quanto à própria PEC 55, que vem causar prejuízos enormes à Educação”, esclarece.

Às 8h30 haverá a apresentação cultural, em seguida, às 9h, o grupo dará início à primeira mesa de discussão sobre educação e igualdade: os desafios para a legitimação da Lei 10.639, com dois professores doutores convidados e a mediação de uma assistente social. “A alteração do currículo escolar nos cursos de história depois do enorme trabalho que tivemos para aprovar uma lei que foca o estudo de história da África. Infelizmente, o governo vem retirar isso da nossa grade curricular e temos que discutir e articular isso com as diversas forças que compõem a comunidade negra”, afirma Marcos.

Depois, às 10h, será a segunda rodada de discussão, onde a criminalização e a marginalização do movimento negro serão abordadas. “Sabemos que a religião afro vem sofrendo no nosso país e na cidade, com enormes ações de preconceito. Então, precisamos discutir isso”, ressalta. Logo em seguida, às 12h, terá lançamento do livro “Marcas de Fog Quilombos, resistência e a política do medo”. Por fim, os professores vão realizar uma confraternização com feijoada e moda artística. “Nós vamos encerrar com uma iguaria que foi desenvolvida pelos escravos e ter uma mostra artística com a assistente social Daniella Néspoli”, conclui.