CIDADE

Sem-terrinhas do MST participam de jornada e fazem ato no calçadão

Cerca de 100 crianças de assentamentos da região participam hoje do movimento Jornada dos Sem Terrinhas em Uberaba

Letícia Morais
Publicado em 18/11/2016 às 07:56Atualizado em 16/12/2022 às 16:33
Compartilhar

Foto/Neto Talmeli

Professora Cida Loureiro, do Coletivo Estadual de Educação do MST, disse que a ação não se restrige a uma manifestação

Cerca de 100 crianças de assentamentos da região participam hoje do movimento “Jornada dos Sem Terrinhas em Uberaba”. A concentração está marcada para as 9h30, na praça da igreja São José, no Gameleiras. De acordo com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, as crianças desenvolverão atividades pedagógicas, políticas e lúdicas.

Segundo a integrante do Coletivo Estadual de Educação do MST e professora pós-graduada em educação no campo, Aparecida Loureiro, o evento não se restringe a uma manifestação. “Nós vamos denunciar a parcialidade da Justiça, que não faz o assentamento das famílias, além do fechamento de 37 mil escolas do campo. Então, as crianças vêm exigir um direito que é delas, de ter uma casa para morar”, afirma Cida, salientando que o movimento também é contra a aprovação da PEC 55, que limita os investimentos federais, estabelecendo teto para os gastos públicos.

Questionada se as crianças já sabem opinar sobre o que estão lutando, Cida Loureiro avalia que elas estão diretamente envolvidas com tudo que as cerca e lutam contra as desigualdades sociais. “Desde a barriga, a criança está em luta com os pais. Quando crescem, participam da ciranda infantil, que é um trabalho onde elas desenvolvem ações e atividades pedagógicas, como forma de saber de tudo o que está acontecendo”, esclarece a professora.

A expectativa é que participem do movimento integrantes do assentamento “19 de março” e Rosa Luxemburgo, sendo que virão crianças de assentamentos das cidades de Uberlândia e Monte Alegre. O ápice da jornada será às 13h, na praça Rui Barbosa, onde haverá a entrega de um documento pedindo a aprovação do assentamento das famílias e a solicitação da construção de escolas no campo. “Temos quase 200 famílias assentadas, por isso devemos valorizar a cultura do homem do campo”, completa.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por