UFTM tenta acordo com movimento de ocupação para realizar concurso

Neto Talmeli

Estudantes “reocuparam” o Centro Educacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro no dia 8, onde no domingo (20) acontecem provas de concurso da instituição

Desde o dia 8 de novembro, universitários voltaram a ocupar o Centro Educacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), em Uberaba. Mesmo assim, a reitoria da UFTM afirma ter feito acordo com o movimento e garante a aplicação das provas objetivas dos concursos públicos neste domingo (20).

Em entrevista ao Jornal da Manhã, a reitora da instituição, Ana Lúcia Simões, esclareceu que o concurso já estava agendado há alguns meses e que a prova seria, inicialmente, no dia 23 de outubro. Entretanto, a greve dos bancários atrapalhou os candidatos a efetuarem o pagamento da inscrição, via Banco do Brasil. Com isso, a realização das provas foi adiada. “Obtivemos a liminar, que foi cumprida, e dois dias depois o prédio foi reocupado. Estamos há mais de uma semana conversando com eles, especialmente agora, com a iminência de realização do concurso. Não há a possibilidade de adiar novamente a prova e conversamos no sentido de desocupação”, explica a reitora da UFTM. Ana Lúcia disse à reportagem que na manhã de ontem a reitoria se reuniu para mais uma rodada de discussão com o comando de ocupação. “Eles trouxeram três propostas, sendo que duas nós já descartamos de início, pois não havia viabilidade. Uma terceira está sendo analisada pela nossa área jurídica”, garantiu.

Segundo ela, os universitários solicitaram outros espaços para a aplicação das provas; a permanência dos estudantes no prédio durante a realização do concurso, e a ocupação de outro prédio da instituição. “Argumentei que tivemos cinco mil candidatos para o concurso, sendo que todas as nossas salas de aulas já estão destinadas para isto. Então, não há possibilidade disso, nem de permanecer no prédio durante o concurso. Precisamos garantir a tranquilidade e segurança para a realização das provas. Esperamos que haja o bom senso e o consenso entre gestão e estudantes para que a gente faça essa desocupação em tempo hábil e que tudo transcorra na maior tranquilidade possível, para não prejudicarmos as pessoas que se inscreveram e aguardam ansiosamente por esse concurso”, completa Ana Lúcia.