CIDADE

De 488 possíveis doadores de órgãos, sete se concretizaram

Dados da Comissão Intra-Hospitalar, relativos ao primeiro semestre deste ano, apontam que foram realizadas 35 entrevistas, que resultaram em sete casos de doações

Thassiana Macedo
Publicado em 27/07/2016 às 07:46Atualizado em 16/12/2022 às 17:57
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Arquivo/JM

Coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Órgãos e Tecidos do Hospital de Clínicas, Ilídio Antunes de Oliveira Júnior

 

Relatório da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIH-DOTT), do Hospital de Clínicas da UFTM, revela que de janeiro a junho de 2016, dentre os 488 possíveis doadores, a Comissão realizou 35 entrevistas com familiares, o que resultou em sete casos de doações. No período, foram registradas captações de 14 córneas e dois rins. Houve, ainda, 28 transplantes de córneas e 12 de rins.

De acordo com o coordenador da CIH-DOTT, o médico Ilídio Antunes de Oliveira Júnior, 18% das entrevistas realizadas, exclusivamente visando à doação de córneas, obtiveram concordância das famílias e 50% das buscas por doação de múltiplos órgãos foram bem-sucedidas no primeiro semestre.

Em todo o ano de 2015, entre os mil possíveis doadores, a Comissão realizou 133 entrevistas com familiares, o que resultou em 17 casos de doações autorizadas. No período, foram registradas captações de 34 córneas e quatro rins. Houve 36 transplantes de córneas e cinco de rins.

Ilídio Antunes explica ainda que dos 488 potenciais doadores de órgãos identificados neste período, 427 tiveram contraindicação médica e 195 apresentavam sepse (infecção), circunstâncias que impedem a entrevista sobre a possibilidade de doação. Outras 19 famílias não autorizaram a retirada de órgãos. Houve ainda oito diagnósticos de sorologia positiva, 99 pacientes estavam fora da faixa etária indicada para doação de órgãos e sete optaram em vida pela não doação. Dez óbitos haviam ocorrido há mais de seis horas, o que também impossibilita o procedimento.

Por outro lado, o coordenador da comissão ressalta que o trabalho de orientação e conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos continua ininterrupto. Nos primeiros seis meses de 2016, foram realizadas 22 palestras, reuniões ou entrevistas para a imprensa sobre o tema. Desde 2001, o projeto Vida pela Vida, também coordenado por Ilídio Antunes Oliveira Júnior, já conseguiu 22.118 coletas de sangue de voluntários interessados em se registrar no Cadastro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), tendo sido incluídos 908 apenas este ano.

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