CIDADE

Governo apresenta proposta que não agrada professores da rede estadual

Após 4 rodadas de negociações, o governo Fernando Pimentel apresentou as primeiras seis propostas de salário e carreira

Thassiana Macedo
Publicado em 20/03/2015 às 21:56Atualizado em 16/12/2022 às 03:35
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Após quatro rodadas de negociações, o governo Fernando Pimentel apresentou as primeiras seis propostas de salário e carreira para os trabalhadores da Educação. Para o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), as propostas não contemplam o atual valor do piso salarial de R$1.917,48 e nem o reajuste de 13,01% que deveria ser aplicado desde janeiro. Uma assembleia estadual em Belo Horizonte está convocada para o dia 31 de março, com paralisação total das atividades.

Em Uberaba, a coordenadora do Sind-UTE, Maria Helena Gabriel, afirma que a entidade já está percorrendo as escolas para mobilizar a categoria para esta paralisação. “Não concordamos, em hipótese alguma, com as propostas apresentadas pela equipe de negociação de Fernando Pimentel. E nós vamos discutir essas propostas que, para nós, são vergonhosas. Não é isso que estávamos esperando, queremos o piso salarial. Não estamos lutando por um abono dividido em quatro parcelas e pago em dois anos, e não vamos aceitar isso. Esta assembleia pode, inclusive, marcar uma greve para todo o Estado de Minas Gerais”, avalia.

As propostas apresentadas pelo governo estadual define a extinção do subsídio como forma de remuneração e retorno do vencimento básico, com salários iguais ao do subsídio (PEB 1 - R$1.455), para todas as carreiras da educação, sendo que as tabelas de progressão continuariam em 2,5% e a de promoção em 10%. A regulamentação do Piso Salarial Profissional Nacional seria feito em Lei Estadual, mas não houve detalhamento desta proposta. A lista define ainda a extinção dos níveis PEB T1 (nível médio) e PEB T2 (licenciatura curta) da carreira do Professor de Educação Básica e posicionamento dos profissionais destes níveis no PEB I (licenciatura plena), sem definição da forma de posicionamento.

O governo propõe a substituição dos níveis de mestrado e doutorado por duas certificações, que trariam gratificações de 5% e 10% respectivamente, sem contemplar proposta de atualização da escolaridade, bem como reajuste de 10,25% no salário do diretor, a partir de maio de 2015. Como última proposta, a equipe ofereceu abono de R$160 a ser recebido a partir de maio de 2015 para todos os profissionais da educação com incorporação em quatro etapas, de julho de 2015 a abril de 2016. Já os aposentados seriam beneficiados apenas nas incorporações.

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