ALTERNATIVA

Luiz Neto rompe silêncio e defende represa da Prainha

Lídia Prata
Lídia Prata
Publicado em 06/08/2022 às 07:48Atualizado em 18/12/2022 às 21:08
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Depois de um ano e meio de opção pessoal pela reclusão, o ex-presidente da Codau Luiz Guaritá Neto rompeu o silêncio esta semana para defender o projeto da represa da Prainha. Luiz Neto lembra que esse projeto foi elaborado por um dos maiores escritórios de engenharia do país, a Leme Engenharia, há cerca de 30 anos. “Pode não ser o melhor projeto, mas era o que tínhamos na época. Além disso, o projeto de engenharia foi fiscalizado e aprovado pelo Ministério das Cidades e pela Caixa Econômica Federal” - argumenta o ex-presidente da Codau. Vai adiante, salientando que não havia erro algum no projeto. Tanto assim, que a empresa de consultoria recentemente contratada pela Codau confirmou que o projeto está certo, ressalvando apenas que faltou o detalhamento. “Mas esse detalhamento era obrigação da empreiteira fazer.” - frisou.

MÉRITO A QUEM OS TEM

Recuando no tempo, Luiz Neto lembra que o mérito para obtenção dos recursos para as obras de saneamento que incluíram a represa da Prainha deve ser atribuído ao seu antecessor José Luiz Alves, no governo Anderson Adauto. Na época pensou-se em trazer água do Rio Claro até Uberaba, numa extensão de 35km. No entanto, apenas 7km de adutoras foram construídos, porque se chegou à conclusão que ficaria muito caro e custoso implantar aquele projeto na sua totalidade. Havia, nesse trajeto, a previsão de cruzar a linha férrea por 13 vezes, encarecendo a obra. Foi aí que a Codau, já no governo Paulo Piau, optou por construir a represa da Prainha para complementar o projeto.

PROJETO COMPLETO

Ainda de acordo com Luiz Neto, o projeto da represa da Prainha prevê três barragens, e não apenas uma. A Prainha será a primeira. “Reclamam que a água da Prainha será suficiente para abastecer Uberaba por apenas 20 dias. Sim. Mas são os 20 dias mais críticos da seca” - frisa o ex-presidente da Codau.

TORNEIRAS SECAS

Prevendo torneiras secas este ano, Luiz Neto chama a atenção para as obras da Codau que estão paradas e farão falta ao sistema de abastecimento da cidade. Aponta, ainda, que a Codau perdeu o poço profundo do Uberaba I por erro na sua manutenção, enquanto outro, da avenida Nenê Sabino, está com sua vazão comprometida por erro de operação.

DESAFIO

Revelando indignação com as fofocas em torno de eventual interesse pessoal dele na opção por construir a represa da Prainha em vez de concluir a adutora do Rio Claro até Uberaba, Luiz Neto lança um desafi ele doará a área para quem provar que ele tem um palmo de terreno naquela região. E mais: ressalta que há proibição expressa de loteamento no entorno da Prainha, assim como o local não poderá ser usado para fins de lazer, para preservar a qualidade da água. Ou seja, a Prainha não poderá se transformar numa “filial” de Jaguara.

Pois é. Para nós, cidadãos, o que importa é termos água na torneira. Quem está certo, quem está errado, é irrelevante.

SOLUÇÃO CASEIRA

Ainda não se sabe se a Prefeitura vai insistir na licitação para contratação de empresa para revisão e atualização do Plano Diretor. Mas já criou uma comissão para acompanhar os trabalhos. Portaria publicada no Porta Voz desta sexta-feira informa a composição da Comissão, incluindo também o Plano de Mobilidade Urbana e de requalificação do centro da cidade.

QUEM É QUEM

A Comissão é presidida pela secretária de Planejamento, Isabella Nascimento, e composta por representantes da administração direta e indireta e sociedade civil organizada. Fazem parte dessa comissão, dentre outros, os construtores José Toubes Neto e Luciano Veludo, pelo Sinduscon e Fiemg, respectivamente; a engenheira Maria Paula Meneghello (Observatório Urbano), Rafael Mendes (Sindicomércio), João Paulo Ferreira Gomes (Aciu), Fábio Lopes (Centro Forte). Chama a atenção a presença de representante da Unibrasília, Manoel Carlos Bayão Junior.

MULTINHAS

Pouco mais de R$ 50,5 mil foram arrecadados pelo Município em multas de trânsito no mês de junho, de acordo com prestação de contas publicada no jornal oficial do município. Porém, desse total, a maior fatia foi destinada à Codiub, perfazendo R$ 36 mil.

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