ALTERNATIVA

De olho nas eleições, José Renato Gomes vai deixar o governo em 3 de junho

Lídia Prata
Publicado em 19/05/2020 às 19:05Atualizado em 18/12/2022 às 06:27
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LIMPANDO AS GAVETAS

Em entrevista ao programa O Pingo do Jota desta terça-feira, o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Renato Gomes, confirmou que vai deixar o cargo no dia 3 de junho, véspera do prazo final para as desincompatibilizações visando a disputa eleitoral para prefeito.

Segundo ele, nenhum projeto de investimento em fase de gestação será paralisado com a mudança de titularidade na Sedec, pois toda o time da secretaria conhece bem todo o andamento da pasta. E frisa: o grande desafio pós-pandemia será criar vagas de emprego para a população.

POR QUE NÃO EU?

Garantindo que se ele não for o indicado irá apoiar o escolhido pelo MDB para ser o candidato a prefeito pelo partido, José Renato analisa que cerca de 80% dos eleitores ainda não têm candidato definido. Nem poderiam, porque não se sabe quem estará no páreo.

Além disso, dentre os nomes cogitados, 80% são ilustres desconhecidos da maior parcela dos eleitores.

CHOVE CHUVA

Ouvido na sequência pelo Pingo do Jota, o vereador Luiz Dutra também confirmou sua disposição de disputar a indicação do MDB para a sucessão do prefeito Paulo Piau. Mas, não descartou a possibilidade de buscar a reeleição, caso não seja o escolhido. Com seu estilo peculiar, Dutra saiu com essa: “Homem público que não almejar a cadeira de Presidente da República nem deve entrar para a política”.

ALVO CERTEIRO

Segundo Dutra, sua gestão enquanto titular da Secretaria de Governo foi proveitosa para o município, principalmente por conseguir afinar o discurso entre Executivo e Legislativo. Ao defender sua postura baseada no diálogo, tanto como vereador, quanto como secretário de Governo, cargo que deixou para disputar as eleições este ano, ele disparou: “Nunca vi vereador de atuação truculenta ter sucesso em disputa para prefeito. Geralmente esses assim têm vida curta”.

Alguém tem dúvida sobre o destinatário do recado?

BAQUES SUCESSIVOS

“Nosso grande desafio será sair da segunda recessão, sem ter saído da primeira”. É o que pensa o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, Flávio Roscoe, sobre o cenário econômico brasileiro pós-pandemia. Na live promovida pela Adesg/Uberaba, Roscoe lembrou ainda que a situação da economia mineira é bastante delicada, sobretudo considerando que o PIB de Minas Gerais é inferior ao do restante do Brasil desde 2008.

TOMBO VIOLENTO

Na live, o presidente da Fiemg revelou que os setores de turismo e transporte são os grandes prejudicados pelo coronavírus. Tiveram queda de 72,9% no faturamento, segundo dados da Cielo. No ranking dos prejuízos, a indústria do vestuário aparece em 2º lugar, com queda de 64,2%, e o setor de bares e restaurantes, com 54,6%, seguido pelo setor de serviços em geral, com 47,1%.

LADEIRA ABAIXO

A pandemia atingiu em cheio, também, o segmento de móveis e eletrodomésticos, cujo faturamento despencou 39,7% e o de serviços automotivos e autopeças, que amarga queda de 26,7%.

Postos de gasolina viram 31,7% das vendas ir embora com a pandemia, enquanto os materiais de construção perderam 14,7% das vendas. Drogarias e farmácias perderam pouco, apenas 1,9% do faturamento.

BONITO NO PEDAÇO

O único setor que opera no azul e ainda apresenta aumento no faturamento nestes tempos de pandemia é o de supermercados. Suas vendas cresceram 16,9%, no comparativo de março com o mês anterior deste ano.

Para o presidente da Fiemg, esse fenômeno não significa necessariamente que as pessoas estejam comendo mais. Mas que estão comprando nos supermercados aquilo que antes compravam no comércio especializado, como artigos de papelaria e até roupas e calçados, por exemplo.

ZERO CHANCE

Se depender do empenho do presidente da Fiemg para concretizar o aeroporto internacional de cargas e passageiros no Cinquentão, o projeto pode ser descartado agora mesmo. “Na minha leitura, isso é um sonho de verão, ainda mais com essa crise aérea que estamos vendo e que vai piorar pós-pandemia”.

Flávio não vê a menor possibilidade de viabilizar esse investimento, argumentando que o aeroporto de Confins, em Minas, tem muito mais chances de abocanhar essa ideia, pela proximidade com a capital, movimento de passageiros e estrutura física pronta, porém com capacidade para ampliação. “Essa é a hora em que perco os amigos” – brincou, dizendo que sua opinião certamente vai desagradar muita gente que sonha com esse aeroporto internacional entre Uberaba e Uberlândia.

SOB CONTROLE

Hotéis da vizinha Araxá vão continuar fechados por tempo indeterminado. Foi o que afirmou a secretária de saúde daquele município em entrevista ao programa O Pingo do Jota desta terça-feira. Com dois óbitos confirmados por coronavírus, 23 casos confirmados e 15 sob investigação, a secretária Diane Dutra revelou que a capacidade de internação hospitalar em Araxá poderá chegar a até 100 leitos de UTI, se necessário for.

Atualmente, a secretaria de Saúde monitora cerca de 600 pessoas, depois de detectar um foco do coronavírus em churrascaria na entrada da cidade e do velório de uma vítima da doença.

HORA MARCADA

A secretária Diane Dutra contou que Araxá já está permitindo a abertura de vários segmentos, como restaurantes, por exemplo. Mas tudo com hora marcada e serviço a la carte. Para o jantar, por exemplo, os restaurantes podem atender das 18 às 21h, com regras, como espaçamento de pelo menos 2 metros entre uma mesa e outra e limitação do número de pessoas por mesa. Self services continuam proibidos.

As clínicas de fisioterapia também já retomaram as atividades na vizinha cidade, mas com uma série de restrições, como um paciente por vez e desinfecção rigorosa entre um e outro. Cultos religiosos continuam proibidos, e o comércio só pode abrir as portas entre meio dia e 18h.

 

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