GERAL

Agente penitenciário que matou jovem no Boa Vista vai a júri

Tribunal do Júri julga o agente penitenciário Dimas Jesus da Silva, acusado de homicídio qualificado, por motivo fútil; ele teria confessado matar Maicon Ranieri

Thassiana Macedo
Publicado em 11/10/2017 às 07:11Atualizado em 16/12/2022 às 09:54
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Reprodução

Maicon Ranieri Gonçalves de Castro caiu nas imediações do estabelecimento comercial, sendo que o Samu chegou a socorrê-lo com vida

Hoje, a partir de 9h, o Tribunal do Júri julga o agente penitenciário Dimas Jesus da Silva, acusado de homicídio qualificado, por motivo fútil. Ele teria confessado matar Maicon Ranieri Gonçalves de Castro, 28 anos, durante desentendimento no bairro Boa Vista, em 11 de março de 2017. A acusação é do promotor Roberto Pinheiro da Silva Freire e das advogadas assistentes Sueli Cristina Silva e Rosângela Aparecida dos Santos. A defesa será sustentada pelo advogado Tiago Leonardo Juvêncio.

Conforme o inquérito policial, um agente penitenciário e um socioeducativo estavam em comércio na avenida Elias Cruvinel, Jardim Santa Adélia, onde funcionam um bar e também um ponto de vendas do Triângulo da Sorte, quando Maicon Ranieri chegou pilotando uma motocicleta Honda Titan 125. O objetivo da vítima era resolver uma desavença com os dois, ocorrida pouco tempo antes do crime, em outro local, por motivos banais.

Porém, na ocasião, o agente penitenciário Dimas da Silva trabalhava como segurança do comerciante e teria se surpreendido com a chegada de Maicon, que estaria segurando um taco de beisebol. Os dois teriam entrado em luta corporal, quando, em determinado momento, Maicon teria conseguido pegar a arma de fogo do agente. Nesta ocasião, os outros dois agentes que estavam no local intervieram e conseguiram tirar a arma de fogo das mãos da vítima, entregando-a ao réu. Em depoimento, Dimas da Silva afirmou que não tinha intenção de matar Maicon e que teria atirado em direção às pernas da vítima. No entanto, a vítima foi alvejada na região do tórax.

Neste momento, o pai da vítima chegou ao local da briga e também entrou em luta corporal com o réu, que conseguiu se desvencilhar e também fugiu do local. A família disse que Maicon teria mesmo chegado nervoso em casa, após uma discussão, e que teria saído de casa antes do crime dizendo que iria resolver uma situação. Mas o pai afirma que Maicon não teria saído de casa armado, como foi informado pelo réu.

Após ser baleada, a vítima correu no sentido rua Luxemburgo e caiu ao chão alguns metros depois. Maicon Ranieri chegou a ser socorrido por uma equipe do Samu, mas morreu algumas horas depois no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC/UFTM).

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