GERAL

Psicóloga diferencia depressão de angústia típica da adolescência

O diálogo deve ser a base do relacionamento entre pais e filhos, pois permite entender angústias, dificuldades e sentimentos dos adolescentes

Publicado em 09/07/2017 às 16:49Atualizado em 16/12/2022 às 12:07
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O diálogo deve ser a base do relacionamento entre pais e filhos, pois permite entender angústias, dificuldades e sentimentos dos adolescentes

Antes considerado um problema exclusivo de adultos, hoje a depressão afeta cada vez mais os adolescentes. Porém, nem sempre os pais e educadores estão preparados para diferenciar os sintomas de depressão da popularmente chamada “aborrescência”. Estima-se que a depressão atinja de 3,3% a 12,4% dos jovens, sendo mais comum em meninas.

Segundo a psicóloga e neuropsicóloga Ghina Machado, a adolescência é marcada por profundas transformações físicas e emocionais. “O corpo muda drasticamente, assim como os níveis hormonais. O adolescente precisa lidar com a perda de sua identidade infantil e, ao mesmo tempo, com a reorganização do seu mundo”, esclarece.

A depressão tem causas biológicas, genéticas, psicológicas e sociais. O histórico de depressão na família aumenta o risco em três vezes na infância ou adolescência. Outro fator é a qualidade do vínculo parental no início da vida. Há ainda a violência doméstica, histórico de abuso infantil, bullying, perda de um dos pais, irmãos ou avós, divórcio dos pais e não aceitação da autoimagem. “A depressão pode ter doenças associadas, como transtornos de ansiedade, de conduta, de déficit de atenção e hiperatividade, relacionadas ao uso de drogas e alimentares, como bulimia e anorexia”, explica Ghina.

O que diferencia as características da depressão nessa fase da adolescência é a duração dos sintomas. É possível suspeitar de um quadro depressivo quando o adolescente apresenta, na maior parte do dia ou pelo menos por duas semanas, pelo menos cinco dos seguintes sintomas: tristeza, perda do interesse por atividades que gostava, diminuição do apetite, perda ou ganho de peso significativo, agitação, apatia, redução da capacidade de concentração, excesso de sono ou insônia, cansaço, sentimento de culpa e pensamentos ou tentativas suicidas.

O diálogo deve ser a base do relacionamento entre pais e filhos, pois ele permite entender as angústias, as dificuldades e os sentimentos vivenciados pelo adolescente. “O ideal é procurar um psicólogo com experiência em adolescentes. O tratamento é fundamental já que existe o risco da depressão se estender para a vida adulta”, conclui a profissional.

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