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Assaí Atacadista vai gerar 2.500 empregos em MG

O Tempo
Publicado em 24/10/2022 às 09:14Atualizado em 16/12/2022 às 00:21
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Segundo entrevistado da temporada Minas S/A sobre o setor supermercadista que segue até dezembro em todas as plataformas de O TEMPO, Murilo Coelho é o diretor regional do Assaí Atacadista em Minas Gerais. Atualmente, o grupo conta com mais de 230 lojas distribuídas pelo Brasil. Para 2022, a expectativa é a abertura de cerca de 50 lojas, e o objetivo é chegar a 300 lojas em 2023.

Em Minas Gerais, Coelho conta que o Assaí tem quatro unidades em Contagem, Uberlândia, Sete Lagoas e Betim. Três lojas serão inauguradas em Belo Horizonte até o final do primeiro semestre de 2023: na av. Francisco Sales, no Minas Shopping e no bairro Belvedere. Até o final do próximo ano, vai abrir em Ipatinga e Juiz de Fora.

O Assaí Atacadista é a segunda maior operação do país no segmento, com um faturamento de mais de R$ 45 bilhões e capital aberto na Bolsa de Valores. Conte um pouco sobre a história dessa rede.

O Assaí Atacadista é uma empresa nacional que começou em 1974, na zona Leste de São Paulo, e tinha o objetivo de atender os pequenos comerciantes, pasteleiros que existiam na região, vendendo perecíveis e alguns outros produtos alimentícios. Posteriormente, o Grupo GPA adquiriu a empresa, e, em 2021, foi decidido fazer a cisão com o grupo GPA, e o Assaí abriu o capital na Bolsa tanto na B3 quanto em Nova York.

O Assaí Atacadista tem 60 mil colaboradores e é uma rede que tem uma importância muito grande na economia e para as famílias também, não é?

Hoje nós temos mais de 230 lojas nos 23 Estados mais o Distrito Federal, com mais de 60 mil colaboradores, e acho bom frisar que, desses 60 mil, a gente tem 66% de nossos colaboradores que se declaram como negros e pardos e, dentro desses, mais de 45% estão em cargos de gerência ou acima. Além disso, a gente preza muito pela mulher em cargos de liderança. Então hoje na empresa são mais de 26% de mulheres em cargos de liderança dentro do Assaí. Nós estamos entre os dez maiores empregadores do Brasil também. Então, a força nacional que o Assaí tem para gerar emprego e que a gente vai gerar daqui para frente são mais 15 mil postos de trabalho gerados agora em 2022. Isso fomenta a economia, traz benefício para o país. O Assaí realmente tem uma grande força nacional.

As grandes redes têm buscado cada vez mais ter mais negros na liderança, mais mulheres. Como é que vocês estão conseguindo isso? Vocês estão estimulando essa contratação colocando metas dentro da rede? Eu já vi que grandes empresas listadas na Bolsa têm essa transparência em mostrar iss que os seus líderes estimulam cada vez mais essas pessoas.

Dentro do Assaí a gente preza muito pela diversidade. Hoje a gente tem mais de 5,4% de pessoas com deficiências bem acima da meta. O fato é incluir não é cumprir uma meta; dentro do Assaí, é incluir o profissional.

Não é só aquela cota que a empresa é obrigada a cumprir?

Exatamente. Então, a gente fomenta muito isso. Nas contratações, não há a preferência por brancos ou negros, não. A gente contrata por meritocracia, e está aí o resultado do Assaí: mais de 66% de pessoas declaradas pardas e negras e 45% em cargos de gerência ou acima.

Como foi a opção do Assaí por adquirir as lojas do Extra? Porque a gente sabe, ao menos aqui em Minas Gerais, na capital mineira, que ele tem pontos estratégicos maravilhosos que o consumidor já conhece há muitos anos. Então, que estratégia foi essa que movimentou bastante o mercado no final do ano passado?

No final do ano passado o Assaí adquiriu 70 pontos do Extra espalhados pelo Brasil. Aqui em Minas Gerais são três pontos. E vão ser convertidas em duas fases. A primeira fase agora, neste an serão convertidas 40 lojas. A gente pretende inaugurar 50; dessas 50, 40 conversões e mais dez lojas orgânicas que nascem do zero lá do terreno. E, para o ano que vem, o restante até o primeiro semestre de 2023. Como você falou, um movimento no mercado porque são pontos estratégicos. A gente está chegando agora a uma região mais centralizada, onde não daria hoje para a gente colocar uma loja – primeiro por causa do custo do imóvel, que aumentou muito no mercado imobiliário de uns anos para cá, e, segundo, porque não tem mais terrenos. Por exemplo, o Assaí hoje precisa de um terreno de 50 mil metros quadrados para implantar uma loja, então a gente não consegue hoje, numa região central, um terreno desse tamanho, desse potencial, para implantar uma loja. Então, foi muito assertiva a compra dos Extras em regiões bem específicas e pontos maravilhosos que a gente vai entrar agora em Belo Horizonte, como você disse. A gente vai inaugurar uma loja do Assaí no bairro Belvedere em frente ao BH Shopping em novembro deste ano. E, no primeiro semestre de 2023, a gente inaugura as outras duas lojas: uma no centro de Belo Horizonte e uma localizada no Minas Shopping, também na capital mineira.

No Belvedere, é um mercado de luxo, de alta renda, entrada da capital mineira, de quem vem pela BR–040, e é uma área fantástica. Quais as novidades que o consumidor pode esperar nessa loja?

Nessa loja nós vamos entrar com um pacote total de serviços. O Assaí é pioneiro nessa questão de novos serviços dentro de um atacarejo. Então a gente vai entrar com açougue, a gente vai entrar com uma cafeteria com pão, que é uma padaria junto da nossa cafeteria, a gente entra com balcão de frios. A gente também no Belvedere vai ter uma adega de vinhos com mais de 400 rótulos. Então vai ser uma loja diferenciada, uma loja ampla climatizada de mais de 8.000 m de área de venda. Eu acho que o público e o povo de Belo Horizonte que conhecer uma loja do Assaí vai gostar muito, porque é um diferencial hoje você entrar numa loja dessa de atacarejo do Assaí.

Essas lojas também vão gerar mais empregos?

Sim, são 500 empregos que cada loja, em média, gera – 300 diretos e 200 indiretos –, fora os empregos da construção civil. Cabe reforçar também que não serão só essas três lojas. Ainda neste ano nós inauguramos em Ipatinga, no Vale do Aço, e para o ano que vem também, até o final de 2023, a gente está inaugurando em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Então, essas cinco lojas vão gerar 2.500 empregos a mais para o Estado de Minas Gerais. Além disso, toda a cadeia de fornecedores e de terceiros que o Assaí vai movimentar nas famílias. O Assaí preza pela regionalização. Noventa por cento dos nossos fornecedores de frutas, legumes e verduras são produtores daqui, do Estado de Minas Gerais. O Assaí é nacional, porém o Assaí de Minas tem os produtos de Minas, o Assaí de São Paulo tem os produtos de São Paulo, e assim por diante.

Qual é a estratégia do Assaí de crescer em Minas Gerais? Como a rede enxerga o Mercado Mineiro? Quais são os desafios desse consumidor mineiro?

Minas Gerais é uma região de extrema importância para o Assaí. Nós começamos em Minas Gerais em 2017 com a primeira loja em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, uma transformação também do Extra. Depois, viemos em 2018 com outra transformação do Extra aqui em Contagem, no ano passado inauguramos em Sete Lagoas e neste ano inauguramos em Betim. A gente dobrou de tamanho em menos de um ano e tem até o final de 2023 a inauguração de mais cinco lojas. São mais 2.500 empregos que a gente vai gerar aqui no Estado. E por que isso? Porque o mineiro recebeu muito bem o Assaí.

Quando vocês vão abrir uma loja do Assaí, o que vocês olham? É o Produto Interno Bruto, a riqueza que a cidade gera, é a capacidade de consumo, se a cidade é uma cidade-polo que tem influência sobre outras cidades ou a localização dela? Vocês fazem uma pesquisa, são muitas variáveis?

Sim, a gente tem um grupo na nossa matriz que é um grupo de expansão que faz todo esse trabalho, conversa com as comunidades no entorno. O ponto é muito importante. Onde a gente vai implantar a loja, a gente olha muito a população da cidade, e o entorno também. Um exemplo nosso é a loja de Ipatinga (no Vale do Aço). Lá tem 260 mil habitantes, porém o entorno, no raio de 100 km, dá quase 1 milhão de habitantes que podem se abastecer nas nossas lojas. Então, a gente está colocando a loja lá agora no final do ano.

Tem outras regiões no radar do Assaí?

A equipe que nós temos de expansão já estava avaliando outras oportunidades dentro do Estado porque o Estado é muito grande, é um país dentro de um Estado com várias particularidades. Zona da Mata é de um jeito, Triângulo Mineiro é outro, e a gente tem que se adaptar. Inclusive, no Triângulo Mineiro, a gente tem uma célula comercial para comprar produtos do Triângulo Mineiro. Então, nós fazemos isso, até uma regionalização dentro da regional.

*Matéria com informações do Jornal O Tempo

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