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Polícia Federal se prepara para combater crimes eleitorais

Publicado em 10/08/2022 às 13:46Atualizado em 18/12/2022 às 21:17
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Grupo da Divisão de Crimes Eleitorais (DRCE) | Fot Cristiano Mariz/Agência O Globo

A Polícia Federal (PF) conta com um grupo de 7 homens que, com o uso de três telas de computador cada, monitoram as redes em busca de possíveis crimes eleitorais. A sala de funcionamento da equipe especializada fica no novo prédio da PF, em Brasília.

Com utilização de softwares próprios que realizam o cruzamento de dados, a equipe faz varreduras nas redes sociais, monitoramento de grupos de cunho político/partidários e analisam uma gama de documentos.

O grupo, que integra Divisão de Crimes Eleitorais (DRCE), faz parte do esquema inédito que a Polícia Federal montou para atuar em três frentes nas eleições deste an ações contra campanhas de fake news na internet; influência de milícias e facções criminosas; e transações financeiras suspeitas que possam impactar a disputa eleitoral.

No que tange a área da desinformação, a PF deve focar no monitoramento de grupos nas redes sociais de mensagens Telegram e WhatsApp e também em páginas como Twitter, Facebook e Instagram, procurando uso de mecanismos como "boots" e campanhas patrocinadas. Além disso, os agentes também farão o rastreamento de vídeos e áudios que tenham sido bastante editados com inteligência artificial, conhecido como "deep fakes", que realizam processo de clonagem da imagem e voz de políticos para colocar as figuras em situações inventadas.

A PF também deve ficar de olho nas movimentações na "dark web", local rotineiramente utilizado por quadrilhas de prostituição infantil, tráfico de drogas e tráfico de armamentos. A rede possui fóruns e endereços virtuais que não são indexados por mecanismos de buscas tradicionais, vide exemplo o Google. Nestes ambientes foram planejados ataques hackers a órgãos públicos.

Sobre as movimentações financeiras, a Polícia Federal já está recebendo e fazendo a análise dos chamados RIFs (Relatórios de Inteligência Financeira), que trazem indícios de lavagem de dinheiro, ocultação de bens e caixa dois praticados por candidatos. Tais documentos são enviados pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), ligado ao Banco Central.

Além disso, os agentes também devem fazer um pente fino em cima das declarações entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

*Com informações de O Globo

 

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