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Vista privilegiada: Eclipse solar neste sábado será para "pinguim ver", afirma cientista

Publicado em 03/12/2021 às 15:51Atualizado em 18/12/2022 às 17:20
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Acontece neste sábado (4) um eclipse solar total durante a madrugada. No entanto, o fenômeno tem um aspecto curios ele será projetado, principalmente, em algumas áreas da Antártida, continente que basicamente não é habitado por humanos. Já no Brasil, o eclipse está previsto para começar por volta das 4h, no horário de Brasília, e terá duração média de uma hora.

Mesmo que existam alguns pesquisadores no continente gelado, a faixa principal em que o fenômeno poderá ser visto não é ocupada pelas principais bases de estudo, fazendo com que seja muito difícil de ele ser observado por humanos.

"Vai ser mais ou menos para pinguim ver", brinca Cássio Barbosa, astrofísico do Centro Universitário da FEI (Faculdade de Engenharia Industrial).

Esse tipo de eclipse, que cai em lugares com pouco ou nenhum povoamento de pessoas, é recorrente. Segundo Barbosa, "como a Terra é 75% água, é comum ter [esses fenômenos] em cima do oceano Pacífico e não ter ninguém para ver, por exemplo".

Como funciona um eclipse?

Existem dois tipos de eclipse: o solar, quando a Lua passa na frente do Sol e “tampa” ele, e o lunar, evento em que a sombra da Terra é projetada por cima da Lua. O primeiro caso pode ocorrer somente no período de lua nova, enquanto o lunar é possível acontecer durante a lua cheia.

Para que o fenômeno transcorra, também é preciso, claro, um alinhamento entre as órbitas da Lua, do Sol e da Terra. Barbosa explica que é como se fosse criada uma linha reta que passa pelos três. "Uma linha que sai do Sol, passa pela Lua e chega à Terra. Nessa composição, temos um eclipse solar. [...] Quando a linha é Sol, Terra e Lua, acontece o lunar", resume.

A explicação do por que o eclipse não é visível integralmente em todo o planeta tem a ver com a rotação da Terra, movimento que ela faz em seu próprio eixo. Dessa forma, o instante em que o eclipse acontece sempre irá corresponder a uma porção do globo, aquela que estará na posição onde é possível ver a sombra projetada.

Esse aspecto de que o eclipse não é observável por todos também se dá em razão do formato do planeta. "Se a Terra fosse plana, o sol iluminaria todo mundo por igual e você veria [o eclipse de qualquer ponto]", explica Barbosa.

Normalmente, ocorrem dois eclipses solares por ano. Em junho de 2021, já aconteceu um no hemisfério Norte, atingindo a Groenlândia, Escandinávia e parte da Rússia. Para 2022, estão previstos um no oceano Pacífico, tocando uma pequena porção da América do Sul, e outro que cortará os continentes europeu, africano e asiático.

Outra curiosidade dos eclipses solares são os efeitos que eles trazem para o ambiente que atingem. Por exemplo, os ventos diminuem de intensidade e as temperaturas tendem a cair alguns graus. Mesmo assim, o astrofísico chama atenção para que, como a Antártida já é um continente muito frio, é provável que o eclipse não diminua tanto assim a temperatura.

Outra alteração que é fácil de observar durante um eclipse solar é o comportamento dos animais. Eles normalmente alteram suas ações por conta de seus instintos indicarem que já anoiteceu, diante da escuridão repentina.

"Se for um local com bastantes passarinhos [ou com outros animais barulhentos], de repente, fica tudo quieto", afirma Barbosa.

*Com informações do jornal O Tempo

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