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O skate segue como uma das pautas em alta no país, após Rayssa Leal, de apenas 13 anos, fazer história nos Jogos Olímpicos conquistando medalha de prata. Também campeã em carisma, a Fadinha, como é conhecida, abriu espaço para diversas análises em torno do esporte e discussões em prol de mais incentivo.
Em Uberaba, o skatista Cadu Garcia, que compete desde de criança, enalteceu a vitória de Rayssa e comemorou o espaço aberto pela atual vice-líder do ranking mundial. Porém, em entrevista à jornalista Gê Alves, do JM News 2ª Edição, o adolescente também destacou as dificuldades enfrentadas pelos atletas e a falta de apoio.
"Infelizmente, em Uberaba, é muito difícil treinar por causa da qualidade de pista, a gente passa por muitos desafios", explicou. Cadu ainda pontuou que o preconceito ainda é bastante evidente e que já presenciou situações do tipo. "Sim, muita gente fala que skatista é marginal, já passei por esse tipo de preconceito. No skate, andamos na rua, em uma ocasião eu estava andando na rua com meu pai, filmando para o Instagram e veio um idoso e já começou a xingar a gente", relata. Cadu explica que em Uberaba não há uma associação de skate, mas que há muitos praticantes, relata também que, a maioria ainda são homens.
Em relação à conquista de Rayssa, o skatista Uberabense, que conhece pessoalmente a campeã, comemora a conquista e explica que ela abre portas para todos. "Essa conquista foi muito importante para a visão que as pessoas têm do skate, para quem não anda de skate e fala que skatistas são marginais. Foi muito bom porque com isso, mais marcas, mais empresas podem investir no esporte, o Governo pode apoiar mais e também há o ponto que os clubes podem começar a disponibilizar e construir mais pistas", celebra. Cadu explicou que conheceu Rayssa quando estava fazendo uma campanha para ir para uma competição na França, ocasião em que ela ajudou.