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Sobrou para quem? Condôminos, além de não respeitar os decretos, partem para cima dos síndicos

Rafaella Massa
Publicado em 01/05/2021 às 16:28Atualizado em 18/12/2022 às 13:29
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O descumprimento das regras de biossegurança é um dos grandes problemas da pandemia. A falta de empatia e também de medo preocupa e atrapalha diversos ambientes, entre eles, os condomínios. As fiscalizações desses espaços estão cada vez mais difíceis. As festas e visitinhas acontecem mesmo em períodos proibidos como o da “Onda Roxa” e causam problemas para moradores, mais ainda para os síndicos.

Em entrevista à Rádio JM, a advogada Maryah Bruno, que atua em um escritório especializado em questões de condomínios, conta que a falta de compreensão dos moradores é um problema grave e as situações de abordagem já chegaram a extremos. “É muito difícil quantificar se aquela visita está realmente em questão de salubridade ou se é realmente uma mera visita casual, como as que estavam proibidas devido a “Onda Roxa”. Os síndicos muitas das vezes foram ofendidos, foram agredidos. A Procuradora do Município foi quem nos auxiliou e disponibilizou a Guarda Municipal para auxiliar a tentar diminuir essas festas e não chegou de cara só multando o condomínio. A gente teve muita ajuda da Guarda”, contou Maryah.

Esse entendimento se dá ao fato de que a multa seria aplicada em comunidade. Ou seja, o antigo decreto impunha que a multa fosse compartilhada entre o morador que descumpriu a lei e os outros condôminos. “Mas, ela (prefeitura) nos posicionou que a Guarda estaria ali para nos auxiliar e não chegaria já multando o condomínio. Então a prefeitura está tendo esse bom senso de multar o morador quando é o síndico que faz a solicitação”, relatou.

A advogada ainda conta que pede aos síndicos que a comunicação venha em 1º lugar para evitar essas crises de agressão por parte de moradores alterados e sob efeito do álcool. Porém, se fizer necessário, a multa deve ser aplicada em caráter educativo.  "Eu entendo o lado deles também, você está no apartamento, com uma criança, sem ter para onde sair, é muito difícil. Mas a gente conta muito com o bom senso. Bom senso dos moradores, bom senso dos síndicos, para tentar conciliar as necessidades de todos, porque a máxima do condomínio é sempre essa, viver em coletividade, comunidade, e exige bom senso”, relata.

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