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Afinal, quando a pandemia do coronavírus vai terminar?

Publicado em 10/08/2020 às 18:58Atualizado em 18/12/2022 às 08:35
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A vida da população mundial foi alterada pelo coronavírus. Agora, seis meses após o anúncio da pandemia global, algumas perguntas rondam a mente das pessoas. Afinal, quando isso tudo vai terminar?

O impacto da Covid-19 é diferente em cada país. Atualmente a América Latina é o epicentro da pandemia e há um surto na Índia.

A Nova Zelândia chamou atenção pelo contrário, pelo sucesso em conter a disseminação do vírus de uma pessoa para outra. O país agiu cedo, quando ainda havia poucos casos: com quarentenas e fronteiras fechadas. Agora praticamente não há mais casos e a vida voltou ao normal, em grande parte.

Já no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro, inicialmente se juntou a manifestações contra a quarentena e descreveu o vírus como "gripezinha", dizendo que a pandemia estava quase no fim em março. Ao invés disso, o Brasil teve 2,8 milhões de casos e mais de 100 mil mortos.

Mas os países que conseguiram se impor contra o vírus — na maioria com quarentenas dolorosas que machucaram as sociedades — estão descobrindo que o vírus não sumiu, e que ele vai continuar voltando se nós relaxarmos. A normalidade ainda está muito distante.

A Europa também está reabrindo, mas Espanha, França e Grécia registraram recentemente o número mais alto de casos das últimas semanas. A Alemanha está com mais de mil casos por dia pela primeira vez em três meses.

A posição da África na luta contra o coronavírus segue uma questão em aberto. Houve mais de um milhão de casos; depois de um começo bem-sucedido, a África do Sul parece estar em má situação, registrando a maioria dos casos do continente. Mas com poucos testes, é difícil ter um retrato fiel da situação.

E existe o enigma do notório baixo índice de mortes comparado com o resto do mundo. Eis alguns motivos que podem explicar iss as pessoas são muito mais jovens, com idade média de 19 anos na África; e a covid-19 está associada a pessoas mais velhas; outros tipos de coronavírus são mais comuns, e isso pode oferecer uma espécie de proteção e problemas de saúde comuns aos países ricos, como obesidade e diabetes do tipo 2, que aumentam os riscos da covid-19, são menos comuns na África

Quando isso tudo vai acabar?

Já existem tratamentos com remédios. A dexametasona — um esteroide barato — teve bom resultado com alguns pacientes em estado grave. Mas não é suficiente impedir que pacientes morram de covid-19 ou dar fim às quarentenas. Atenção especial será dada para a Suécia nos próximos meses para entender se a estratégia do país funcionou no longo prazo. O país não impôs quarentena e até agora teve uma taxa de mortes significativamente maior do que a dos países vizinhos, depois de fracassar na proteção em lares de idosos.

Em geral, a esperança do mundo de ver a vida voltar ao normal está ligada à descoberta de uma vacina. Imunizar as pessoas impediria a disseminação do vírus.

Seis vacinas estão entrando na fase três de testes clínicos. Essa fase é crítica, quando descobriremos se as vacinas promissoras realmente funcionam. Esse obstáculo final já derrubou muitos remédios no passado. Autoridades de saúde dizem que devemos continuar falando em "se" a vacina vai funcionar — e não "quando" a vacina vai funcionar.

A doutora Margaret Harris, da OMS, diz: "As pessoas têm essa crença holiwoodiana em uma vacina; que os cientistas vão arrumar tudo. Em um filme de duas horas, o final chega rápido, mas os cientistas não são Brad Pitt se injetando e dizendo 'nós vamos todos nos salvar'".

*Com informações BBC News Brasil

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