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Casos confirmados da Covid-19 ultrapassam 82 mil em MG e pico da pandemia é esperado hoje

Confira um panorama da situação atual do Estado de Minas Gerais

Publicado em 15/07/2020 às 10:00Atualizado em 18/12/2022 às 07:52
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Pouco mais de quatro meses após os primeiros casos de covid-19, o pico da pandemia do novo coronavírus pode ser alcançado nesta quarta-feira (15) em Minas Gerais, de acordo com os técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Desde 8 de março, 82.010 diagnósticos foram confirmados para a doença - 1.752 resultaram em mortes. Com o passar do tempo, a velocidade de propagação do vírus aumentou e fez crescer a demanda na rede pública de saúde. Nos últimos sete dias, o Estado tem registrado média diária de 2.535 casos de contaminação e 58 óbitos decorrentes da infecção, detectada oficialmente em 759 dos 853 municípios mineiros (88,9% do total).

Um terço dos testes realizados para detectar coronavírus, feitos pela rede do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas dão resultado positivo para a Covid-19. A informação foi repassada pelo secretário de saúde, Carlos Eduardo Amaral, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira (15).

Porém, ainda há incertezas entre os especialistas sobre o comportamento da curva de infecções e até mesmo a confirmação ou não da data prevista para o ápice da pandemia. Na terça-feira (14), Carlos Eduardo Amaral, mencionou a possibilidade de Minas passar, nas próximas semanas, por um período de platô, em que o número de novos contaminados continua alto, mas não há aceleração descontrolada da doença.

“É possível que esse aumento de casos perdure por um tempo como um platô, antes de vislumbrarmos uma queda na transmissão. Com isso, é muito importante, mais do que nunca, usar a máscara, lavar as mãos e manter o máximo de distanciamento”, frisou. A possível chegada do pico aumenta a preocupação das autoridades com a capacidade do sistema de saúde.

Segundo a administração estadual, 71,45% das unidades de terapia intensiva (UTIs) e 60,77% dos leitos de enfermaria da rede mineira do Sistema Único de Saúde (SUS) estão ocupados. São 2.603 pessoas com covid-19 ou suspeita da doença internados em centros públicos de saúde. A tendência é de que o número aumente nas próximas semanas. Ainda assim, o governo entende que não haverá falta de atendimento aos pacientes.

“Virtualmente, é impossível falar com certeza absoluta quantos casos nós teremos e que dia teremos os casos. Mas, de uma forma geral, pelo planejamento que fizemos, nós tínhamos certa folga no dimensionamento de leitos. Se isso se concretizar, efetivamente poderemos ter a passagem por esse momento de estresse sem tanta dificuldade, igual vimos em outros lugares”, destacou Carlos Eduardo Amaral.

Embora as taxas de ocupação em Minas Gerais estejam em níveis considerados seguros, algumas partes do estado despertam mais preocupação. Das 14 macrorregiões de saúde, três têm índices de ocupação das UTIs superiores a 80%: Centro (82,99%), Triângulo do Norte (85,48%) e Vale do Aço (91,07%). Além da estrutura convencional do sistema público de saúde, Minas conta com um plano emergencial caso haja aumento acima do esperado no número de internações: o hospital de campanha erguido no centro de exposições Expominas, em Belo Horizonte.

“A maior preocupação nossa não chega a ser nem leito, nem teste, nem respirador, é a falta de sedativos que ainda está provocando uma preocupação. Nós temos hospitais que estão tendo de remanejar para outros hospitais esses medicamentos, porque sem eles é impossível de tratar um paciente”, afirmou o governador Romeu Zema, nesta quarta para a rádio Super 91,7 FM.

Apesar de esperar dias com números altos de casos e mortes, o governo estadual prevê desaceleração na propagação do vírus nas próximas duas semanas. O motiv a queda no número médio de transmissão por infectado (Rt), motivada especialmente pelo aumento no isolamento social. De acordo com Carlos Eduardo Amaral, o índice em Minas Gerais está em 1,03 - ou seja, 100 pessoas com o vírus contaminam outras 103. Há um mês, o número esteve em 1,15. O ideal é que fique abaixo de 1.

“Isso, para nós, é muito importante, porque sinaliza que possivelmente na semana que vem ou na outra semana nós tenhamos uma desaceleração da transmissão e no número de casos de pessoas que necessitam de internação ou tratamento hospitalar. Esse Rt vem se mantendo abaixo de 1,2 no estado, mas há regiões com Rt mais alto e, em compensação, há regiões com Rt que já baixou para menos de 1. Isso significa que nessas regiões pode estar tendo um encolhimento na taxa de transmissão”, explicou.

Com informações de O Estado de Minas Gerais e O Tempo.

 

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