A Suvinil, do grupo Basf, está alterando nomes de oito cores do portfólio que possuíam viés racista. A maioria é relacionada a tons de cores claras, como “Pele de Pêssego”, ou mais escuras, como “Pele Mulata”. Os nomes foram criados ao longo dos quase 60 anos da empresa no País, que tem portfólio com 2 mil opções de cores.
Um dos nomes, o “Cor da Pele” foi substituído por “Fio de Rami” (planta que resulta em fibras de cor bege). Os demais nomes alterados são Flor da Pele (para Flor Lilás); Pele Delicada (Branco Quente); Pele de Veludo (Pêssego Pálido); Pele Macia (Quase Rosa); Pele de Pêssego (Rosa Laranja); Pele Mulata (Lambari Roxo); Pele Bronzeada (Cogumelo Shitake); e Nude (Flor de Cerejeira).
Segundo Marcos Allemann, vice-presidente de Tintas Decorativas para a América do Sul. Os nomes tinham conotações não apropriadas e a pluralidade dos consumidores exigia também uma abordagem plural.
O executivo afirma que a alteração é complexa, pois são nomes já estabelecidos no mercado, estão em todos as paletas de cores da marca e em cerca de 5 mil tintométricos (máquinas de misturar cores) em lojas de todo o País. Os leques serão reimpressos e os softwares dos equipamentos serão atualizados.
Para redefinir os nomes, a Suvinil consultou grupos de afinidade de funcionários da Basf que tratam da questão racial, das mulheres, de comunidades LGBTQ+ e de portadores de necessidade especial.
O processo de transformação de imagem começou após pesquisa feita em 2017 em todo o País. O estudo constatou que o público consumidor hoje é mais engajado, mais racional e busca marcas com compromissos sociais e ambientais.