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Produzidas por aliens? Cientistas observam ondas de rádio padronizadas no espaço

Publicado em 17/06/2020 às 20:32Atualizado em 18/12/2022 às 07:07
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As ondas também podem ser o resultado de um sistema binário, como uma estrela de nêutrons orbitando em torno de outra estrela de nêutrons ou buraco negro

Ondas de rádio com ritmo e padrões repetitivos foram notadas no espaço. Um trabalho de observação de mais de 500 dias intitulado 'Atividade periódica de uma fonte rápida de explosão de rádio' mostrou a maior atividade do tipo já detectada, conhecida como FRBs (na sigla em inglês). O estudo foi publicado na revista científica 'Nature' nesta quarta-feira (17).

"Este FRB que estamos relatando agora é como um relógio", diz Kiyoshi Masui, professor assistente de física do Instituto Kavli de Astrofísica e Pesquisa Espacial do KIT do MIT. Os disparos de energia vindos dessa fonte desconhecida realizam um ciclo de exatos 16 dias, com rajadas de ondas de rádio por quatro e interrupções por outros 12 antes de recomeçar.

"É o padrão mais definitivo que vimos de uma dessas fontes. E é uma grande pista que podemos usar para começar a procurar na física o que está causando esses flashes brilhantes, que ninguém realmente entende", afirmou o cientista ao jornal britânico 'Independent'.

Ainda sem a certeza de como essa fonte de energia é gerada, os cientistas especulam o que pode ser, como um único objeto, como uma estrela de nêutrons que está girando e balançando no espaço. Isso explicaria o padrão das explosões, já que o período de 16 dias pode ser o tempo que leva para o objeto girar, com os quatro dias de atividade nos quais está apontando para nós.

Ou também podem ser o resultado de um sistema binário, como uma estrela de nêutrons orbitando em torno de outra estrela de nêutrons ou buraco negro. O padrão pode ser o resultado da órbita entre eles e da interação entre os dois, o que explicaria sua regularidade.

Há ainda a hipótese de que uma fonte de rádio estática circula uma estrela central, que poderia estar liberando uma nuvem de gás que aumentaria as emissões de rádio e as enviaria poderosamente para a Terra.

Essa descoberta foi possível com o uso do radiotelescópio Chime, que fica na Colúmbia Britânica e começou a operar em 2017. Desde então, ele começou a coletar FRBs, usando uma técnica que permite olhar o céu inteiro em vez de se movimentar se e quando qualquer explosão for detectada.

A primeira FRB foi descoberta em 2007 e desde então os cientistas já encontraram mais de 100. Inicialmente, elas foram detectadas apenas como explosões individuais, mas nos últimos tempos os pesquisadores descobriram fontes repetidas como esta.

*Com informações do Tempo

 

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