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Após 13 anos de mistério, caso Madeleine McCann tem nova reviravolta

Polícia tem novo suspeito na investigação sobre desaparecimento

Publicado em 03/06/2020 às 21:22Atualizado em 18/12/2022 às 06:50
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Foto/Reprodução

O caso Madeleine McCann, que desapareceu em maio 2007, ganhou um novo capítulo nesta quarta-feira (03). Um prisioneiro alemão, de 43 anos, é agora o principal suspeito da investigação da Scotland Yard. Ele viajou por Portugal em uma van na época do crime.

A polícia disse que o caso continua sendo uma investigação sobre "pessoa desaparecida" porque não tem "evidência definitiva" sobre se Madeleine está viva ou não. No entanto, investigadores alemães do Departamento Federal de Polícia Criminal, o Bundeskriminalamt (BKA), classificaram o caso como um "inquérito de assassinato".

A polícia acredita que o homem estava na área onde o menina foi vista pela última, quando estava em férias com a família em Portugal. Eles estão pedindo informações sobre a van e o outro veículo do suspeito, um carro da marca Jaguar.

O homem transferiu o carro para o nome de outra pessoa no dia seguinte ao desaparecimento de Madeleine. "Alguém por aí sabe muito mais do que está revelando", disse o detetive Mark Cranwell, que lidera a investigação. A Scotland Yard disse que as autoridades alemãs assumiram a liderança neste aspecto do caso porque o suspeito alemão estava sob custódia em seu país.

Médium afirma que ela está viva

No ano passado, uma médium portuguesa chamada Fia Johansson afirmou que Madeleine está viva. A médium trabalha há 20 com agências e equipes de investigação privadas.

De acordo com Fia, a jovem está com um homem alemão, que seria o autor do sequestro. “Maddie também não está ciente da busca por seu paradeiro. Ela não sabe sobre seus pais. Não lembra de nada”, disse.

Ele então comentou que deu todas essas informações às autoridades para que a polícia possa encontrá-las e ainda fez uma previsão bastante “específica”. “Entre 2023 e 2024, ela acidentalmente encontrará sua família, mas não saberá quem eles são", concluiu, dizendo que não poderia contar mais nada, porque a investigação ainda está em andamento.

Relembre o caso

O desaparecimento de Madeleine McCann teve repercussão internacional e continua sem conclusão. A menina inglesa desapareceu no dia 03 de maio de 2007. Na época, com 3 anos, Madeleine sumiu de um quarto de resort, na Praia da Luz, em Algarve, Portugal. A criança passava férias com a família.

Às 21h daquele dia, os pais, os médicos ingleses Kate e Gerry McCann, saíram para jantar com amigos, deixando Madeleine com os irmãos gêmeos no quarto. Quando Kate voltou, por volta das 22h, a menina não estava mais na cama.

No décimo ano sem a presença da filha, os pais divulgaram uma carta no site Find Madeleine (traduzindo, Encontrar Madeleine), criado para dar e receber informações do caso, e traduziram este período de angústia como um “tempo roubado”.

O primeiro ano do sumiço da menina, entretanto, foi repleto de novidades e especulações, e nenhuma indicaria a solução do caso. Uma das versões iniciais apontava que um homem teria sido visto às 21h15, próximo ao quarto de Madeleine. Em depoimento, uma amiga da família, Jane Tanner, afirmou que ele estaria lá apenas buscando sua própria filha em uma creche perto do apartamento.

Outro indício que surgiu na época: cães farejadores acharam rastros de sangue no quarto, mas ficou provado que o sangue era de um homem.

A polícia portuguesa divulga que o DNA da menina teria sido encontrado no porta-malas de um carro que a família havia alugado quase um mês depois do desaparecimento, mas essa prova foi questionada por especialistas.

Há ainda uma teoria de que Madeleine poderia ter sido raptada para uma rede de tráfico humano que operava em Algarve, conforme é apresentado na série documental da Netflix "The Disappearance of Madeleine McCann" (O desaparecimento de Madeleine McCann), de 2019.

Os pais e a polícia britânica afirmam que a menina pode ter sido capturada por algum estranho durante a estadia no local. A polícia portuguesa, por outro lado, chegou a apontar os pais como suspeitos (o que foi retirado perante a Suprema Corte) e especula que ela possa ter morrido acidentalmente (por medicamentos dados pelos responsáveis) e os pais estariam simulando um rapto para encobrir a situação.

Ao site da Fox News, a ex-agente do FBI Mary Ellen O'Toole afirmou que o caso pode ser resolvido e que a passagem de tempo pode ser uma aliada nas investigações.

“Dez anos podem fazer muito para as pessoas e agora elas podem sentir que podem apresentar informações que não se sentiam confortáveis para apresentar em outro momento”, disse a especialista ao site. Segundo a BBC britânica, que esteve na região de Algarve para uma reportagem especial, a maioria dos moradores do local acredita que a menina esteja morta.

*Com informações BBC Brasil

 

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