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Novo balanço da pandemia supera 40 mil mortos e 800 mil infectados; compreenda cenário mundial

Mais de 3,6 bilhões de pessoas, 46,5% da população do planeta, estão confinadas, por obrigação ou por decisão própria, segundo AFP

Publicado em 31/03/2020 às 16:26Atualizado em 18/12/2022 às 05:20
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Foto/AFP

Na cidade de Bergamo na Itália é necessário procurar opções de onde guardar os caixões 

O coronavírus já causou 40 mil mortes e infectou 800 mil, além disso estima-se que quase metade da humanidade esteja confinada e em meio ao risco de uma recessão sem precedentes. Os dados são do novo balanço da pandemia do divulgado nesta terça-feira (31). Mais de 3,6 bilhões de pessoas, 46,5% da população do planeta, estão confinadas, por obrigação ou por decisão própria, segundo AFP.

Três quartos das mortes foram divulgadas na Europa, uma estatística sombria, liderada pela Itália, com 11 mil mortos; Espanha, com 8,2 mil; e França, com mais de 3 mil, cifra semelhante a dos Estados Unidos e da qual o Irã se aproxima.

O número de mortos voltou a crescer na Espanha hoje, com 849, apesar de o país ter aplicado um dos confinamentos mais rígidos da Europa, paralisando todas as atividades econômicas não essenciais e proibindo até funerais, como a Itália já havia determinado.

Em termos percentuais, o crescimento da mortalidade mantém desaceleração, passando de +12,4 a 11,6% diário, mas o volume de contágios registrou alta pela primeira vez em seis dias, de 8,1 a 10,8%.

Na América Latina, com 348 mortes e quase 15.000 infectados, vários países anunciaram a prorrogação das medidas, em uma tentativa de evitar o colapso de seus sistemas de saúde.

Hospitais lotados

Os hospitais espanhóis, sobretudo em Madri e Catalunha, estão lotados. "Começam a faltar sedativos", contou à AFP Nuria Martínez, médica na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital 'Puerta de Hierro' de Madri.

A mesma desaceleração percentual é observada na Itália, que registra quase 102 mil casos, em meio a graves dificuldades pela saturação dos hospitais. O país espere alcançar o pico da pandemia em sete ou 10 dias, de acordo com autoridades de saúde, e o confinamento de seus 60 milhões de habitantes foi prorrogado até 12 de abril.

Nos Estados Unidos, onde há 163 mil infectados, um navio-hospital de 1.000 leitos chegou a Nova York, foco da epidemia no país, para dar um alívio aos congestionados centros médicos da cidade, ao mesmo tempo que o governo instala unidades provisórias de atendimento em um centro de convenções e no Central Park.

A falta de leitos de UTI e equipamentos de proteção para os exaustos profissionais da saúde é grave em todo o planeta, incluindo nos países mais ricos.

"Se acontece um fluxo grande e você tem um número limitado de respiradores, não consegue ventilar a todos. Então, você tem que começar a escolher", lamentou em Nova York Shamit Patel, médico de 46 anos, que, como colegas de outros países, pode ter que ser obrigado a decidir quem irá salvar.

Nesta terça-feira, países europeus anunciaram que entregaram material médico ao Irã, país com quase 3.000 mortes provocadas pela doença, usando um mecanismo que evita as sanções dos Estados Unidos.

*Com informações AFP e Estado de Minas

 

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