Cão e gato não são infectados pelo novo coronavírus, segundo o médico veterinário e professor universitário Cláudio Yudi. Entretanto, os animais domésticos são passíveis de infeção por outras espécies da família coronavírus.
No cachorro, os sintomas mais comuns são diarreia e vômito. Ao contrário do humano, o vírus causa problemas no sistema digestivo, e não respiratório.
A forma mais eficaz de prevenção são as vacinas polivalentes. “No mercado, as vacinas são chamadas de V8 e V10”, esclarece o especialista.
Ele sublinha que, se não vacinado, o cão pode morrer, especialmente o filhote. “Ele pode vir a óbito não pelo vírus, mas pela desidratação depois de diarreias e vômitos fortíssimos.”
O médico ainda faz questão de ressaltar que o ser humano não deve tomar a vacina na tentativa de se proteger contra o novo coronavírus. “Pode causar uma reação fortíssima”, alerta ele. Cláudio Yudi, inclusive, explica que nos últimos dias muitas pessoas têm procurado as vacinas animais acreditando que poderiam imunizar pessoas também.
Gato
Já contra a peritonite infecciosa felina, causada por outra espécie da família coronavírus, não há vacina. Uma das dicas do veterinário é não deixar o bichano solto na rua.
Febre, apatia, anorexia, perda de peso e aumento do volume abdominal são exemplos de sinais da doença. O tratamento costuma ser a internação. “Se o gato não estiver comendo, é complicado tratá-lo em casa”, observa.
Tanto em gato quanto em cachorro, o diagnóstico para as infecções é laboratorial. A transmissão, também em ambos os casos, é oral ou por meio de secreções respiratórias.
Os animais domésticos não transmitem os vírus para o ser humano, esclarece Yudi. “Nem mesmo entre gato e cachorro há transmissão, já que estamos falando de espécies diferentes de coronavírus para cada animal”, retoma.
Em cavalos e gado não há registro de infeção pelo vírus da família coronavírus, finaliza o médico.