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Servidores da Educação fazem assembleia geral para definição de indicativo de greve

De Uberaba sairá nesta noite (4) caravana com cerca de 30 pessoas

Publicado em 04/02/2020 às 15:57Atualizado em 18/12/2022 às 04:01
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Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais convoca educadores para assembleia geral da categoria nesta quarta-feira (5), na capital, Belo Horizonte. Na pauta, possibilidade de greve. De Uberaba sairá nesta noite (4) caravana com cerca de 30 pessoas. A assembleia acontecerá às 14h, no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

A coordenadora regional do Sind-UTE, Maria Helena Gabriel, explica que a categoria tenta ser ouvida pelo governo de Romeu Zema (Novo), mas não consegue. “Nós estamos cobrando do governo Zema tudo que ele nos deve. Piso salarial, a questão das matrículas online, que são um problema em todo o estado de Minas Gerais, os alunos que não conseguiram se matricular nas escolas, os professores que não conseguiram pegar aulas porque não tem alunos. Todas essas cobranças nós vamos levar e vamos também amanhã decidir pelo início da greve”, explica a líder sindical, afirmando que, se confirmada, a greve será deflagrada em fevereiro. “Nós percorremos as escolas, colocamos os cartazes em todas as escolas. Todo mundo está avisado”, pontua Maria Helena Gabriel.

“Se o Zema não nos atende, nós vamos fazer a nossa greve. Já que é assim”, desabafa Maria Helena Gabriel, reforçando que o governo estadual não abriu diálogo com a categoria. “Não tem solução. Podemos dizer que nós passamos janeiro inteirinho (tentando), desde dezembro, antes do Natal, que nós estamos contatando o governo, conversando com o governo para o pagamento do décimo-terceiro, para a matrícula online, para as questões de diário eletrônico, e o governo não nos dá resposta. Então a categoria já chegou no seu limite. Nós vamos, então, amanhã, tomar as nossas decisões”, afirma ela. 

Reunião entre o sindicato e a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) estava marcada para o dia 23 de janeiro, mas foi cancelada. Diante disso, a categoria decidiu antecipar a assembleia estadual, que, a princípio, estava marcada para o dia 19. O sindicato pede celeridade e transparência na contratação de 2020, pois faltam poucos dias para começar o ano letivo, dia 10 de fevereiro.

A categoria exige também isonomia no tratamento, determinando que a Educação seja equiparada à Segurança Pública e à Saúde, por exemplo. As demais categorias de servidores se sentiu preterida pelo governo estadual, sobretudo os da Educação. Nas redes sociais, muitos manifestaram sua indignação, afirmando que se sentem humilhados, criticando a escolha de Zema em priorizar o pagamento das forças de segurança

Com relação ao décimo-terceiro, há ainda uma parcela do funcionalismo estadual que espera a divulgação de uma data. Além disso, o governo do Estado jogou um balde de água fria no funcionalismo, que esperava a equiparação dos direitos, ou seja, que todos recebessem pelo menos parte do benefício. Em coletiva de imprensa no fim do ano passado, Otto Levy explicou que o critério utilizado pelo governo foi social, ou seja, quem tinha até R$ 2.000 para receber como 13º salário foram beneficiados. Quem ganharia mais do que isso não recebeu nem um real. 

Sem a concretização do leilão de recebíveis do nióbio, o fim do parcelamento de salários está cada dia mais distante. Para os servidores que recebem mais de R$2.500 líquidos e não são lotados na Secretaria de Fazenda, o governo de Minas afirmou que ainda busca solucionar esse débito. Vale lembrar que no dia 17 de janeiro, servidores da Educação se reuniram em protesto na Cidade Administrativa para reivindicar o pagamento do abono natalino. 

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