O proprietário do Grupo Petrópolis, Walter Faria, está entre os alvos da 62ª fase da Operação Lava Jato que investiga o envolvimento de membros da empresa em um esquema de lavagem de dinheiro desviado de contratos públicos.
Além dele, outras 22 pessoas ligadas ao Grupo Petrópolis, Antígua Overseas Bank e ao departamento de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF), na sexta-feira (13).
De acordo com a força-tarefa, foram desviados mais de R$1,1 bilhão em favor da Odebrecht entre 2006 e 2014, principalmente, de contratos com a Petrobras.
O empresário, Walter Faria teria atuado como operador de pagamento de propinas. A denúncia aponta que ele era responsável por disponibilizar dinheiro em espécie no Brasil a agentes públicos e, em troca, recebia da Odebrecht dólares no exterior.
De acordo com a denuncia, o Grupo Petrópolis pagou R$ 512 milhões em propina no Brasil e recebeu US$ 120 milhões no exterior.
Além disso, segundo o MPF, para quitar dívidas com Walter Faria por conta da parceria no pagamento de propinas, a Odebrecht simulou, de 2012 a 2013, negócios jurídicos e implementou operações fictícias com o empresário no valor de R$ 96,2 milhões.
As investigações também apontam que o Grupo Petrópolis entregou R$ 124 milhões em propina como doações eleitorais a pedido da empreiteira.
De acordo com a assessoria de imprensa de Walter Faria, os fatos mencionados já foram esclarecidos e arquivados em decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Com informações de G1