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Operação investiga repasses que teriam beneficiado filho de Lula

Deflagrada ontem a operação Mapa da Mina, desdobramento da Lava-Jato, que visa averiguar repasses que teriam beneficiado o empresário Fábio Luís Lula da Silva

Agência Brasil
Publicado em 10/12/2019 às 23:09Atualizado em 18/12/2022 às 02:42
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Deflagrada ontem a operação Mapa da Mina, desdobramento da Lava-Jato, que visa averiguar repasses que teriam beneficiado o empresário Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o grupo Oi/Telemar transferiu mais de R$132 milhões ao conglomerado Gamecorp/Gol, gerido por Fábio, além de Fernando Bittar, Kalil Bittar e Jonas Suassuna. Os pagamentos teriam sido feitos entre 2004 e 2016. 

As investigações indicam que o ex-presidente beneficiou o grupo Oi/Telemar, garantindo, por meio de atos de sua competência, que fechasse uma negociação de seu interesse. De acordo com o MPF, Lula teria editado o Decreto nº 6.654/2008 para tornar viável, à concessionária de telecomunicações, a aquisição da Brasil Telecom.

Em entrevista à imprensa, membros da força-tarefa da operação Lava-Jato acrescentaram que o ex-ministro José Dirceu teria praticado tráfico de influência em favor da Oi/Telemar. Ele foi titular da Casa Civil durante o governo Lula. Segundo o procurador do MPF Roberson Pozzebon, as provas que subsidiam as investigações da operação Mapa da Mina foram reunidas ao longo de, pelo menos, três fases anteriores da Lava-Jato. Os rastros dos supostos crimes contemplam registros telefônicos, transações bancárias obtidas mediante quebra de sigilo bancário e dados armazenados em ambiente online, em formato de nuvem. 

A operação totaliza 47 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, da Bahia e no Distrito Federal. Segundo nota do MPF, "também são cumpridos mandados de busca e apreensão com a finalidade de apurar indícios de irregularidades no relacionamento entre o grupo Gamecorp/Gol com a Vivo/Telefônica, especificamente no que diz respeito ao projeto que foi denominado como Nuvem de Livros”. "Foi apurada movimentação da ordem de R$40 milhões entre a Movile Internet Móvel e a Editora Gol, no período de 15/01/2014 a 18/01/2016", informa a nota.

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