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"Homossexualismo tem perdão?" Escola é acusada de homofobia no Pará

Os questionamentos que deveriam ser respondidos com base em um livro sobre a 'cura gay'

Publicado em 19/11/2019 às 16:58Atualizado em 18/12/2022 às 02:06
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Foto/reprodução

Questões de uma tarefa de português para alunos do 9º ano do Ensino Fundamental em uma escola adventista em Belém, no Pará, repercutem na internet. O irmão mais velho de uma estudante publicou em seus Stories, no Instagram, os questionamentos que deveriam ser respondidos com base em um livro sobre a “cura gay”. O exercício valeria ponto.

Segundo o jornal Extra, o autor da publicação tem 26 anos e disse ter ouvido de sua irmã, de 14, falando sobre o questionário com um colega de classe que estava em sua casa para fazerem o trabalho. Assustados com o conteúdo, eles comentaram entre si o caráter preconceituoso da atividade. “Quando eles me informaram, fiquei surpreso e indignado. Decidi publicar para que isso tivesse uma repercussão mesmo. Fiquei chocado por ver algo assim no plano da escola”, afirmou o jovem à publicação.

Em nota de esclarecimento publicada em seu site oficial, a instituição de ensino esclarece que as perguntas do questionário “tinham como objetivo colher as diversas opiniões e sentimentos sobre a temática em estudo e davam a cada estudante a oportunidade de expressar livremente sua opinião”. A unidade de ensino disse ainda que “um livro serviu como auxílio na tarefa, o que ocorre em várias disciplinas”.

O livro usado como base para as perguntas se chama “De bem com você” e foi escrito pela jornalista e pedagoga Sueli Nunes Ferreira, e o pastor, jornalista e doutor em Teologia Marcos de Benedicto. A sinopse diz que “este livro vai mexer com você” e que “a proposta dos autores é mostrar como é bom viver de bem com Deus, os amigos, o sexo oposto e você mesmo”.

“A tarefa que o professor elegeu levou em conta o conhecimento prévio do aluno. E, com isso, procura proporcionar um debate qualificado a respeito do assunto. A ideia é a de formar um cidadão que respeita opiniões diversas, bem como seja capaz de pensar por si próprio sobre as temáticas apresentadas”, afirmou a escola no comunicado. O colégio ainda afirmou que “respeita todos os indivíduos sem qualquer tipo de discriminação sexual, racial, religiosa, ou de outra natureza”. 

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