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Governo anuncia privatização dos Correios nesta quarta

Outras 16 privatizações devem ser anunciadas pelo ministro Paulo Guedes

Publicado em 21/08/2019 às 10:43Atualizado em 17/12/2022 às 23:34
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A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está entre as 17 privatizações deste ano. O anúncio será feito oficialmente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda nesta quarta-feira (21). A privatização de estatais precisa de aval do Congresso.

“E nós achamos que vamos surpreender. Tem gente grande aí que acha que não será privatizado e vai entrar na faca”, disse o ministro na noite de ontem, que afirmou em seguida que “ano que vem tem mais”.

Além dos Correios, estão na mira das privatizações a Telebrás, a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) e a Empresa Gestora de Ativos (Emgea). Os estudos vão avaliar se as empresas deverão ser privatizadas ou liquidadas.

No caso dos Correios, para que a privatização se consolide é necessário o aval do Congresso, uma vez que a empresa detém o monopólio dos serviços postais e do correio aéreo nacional (serviço postal militar) totalmente assegurado pela Constituição. A exigência não se repete para as outras quatro empresas da lista.

Segundo o Estadão, dentro do governo há quem defenda que os Correios sejam desidratados, por meio da criação de parcerias com a iniciativa privada, formando joint ventures em que a estatal seria minoritária. Esse modelo é mais fácil de ser tocado, segundo fontes, já que não exigiria a aprovação de uma proposta de emenda constitucional (PEC), que exige o apoio de três quintos dos parlamentares em dois turnos de votação.

Nas justificativas que constam de estudo para privatizar os Correios, o Ministério da Economia aponta corrupção, interferências políticas na gestão da empresa, ineficiência, greves constantes e perda de mercado para empresas privadas na entrega de mercadorias vendidas pela internet, o e-commerce. Como exemplos de ineficiência, o estudo aponta o "elevado índice de extravio", e morosidade no ressarcimento dos produtos extraviados.

Nos estudos para a venda da estatal, o Ministério da Economia aponta o rombo de R$ 11 bilhões no fundo de pensão dos funcionários, o Postalis. Além disso, o Postal Saúde, o plano que atende aos funcionários, tem um rombo de R$ 3,9 bilhões. O estudo aponta que os Correios envolvem risco fiscal de R$ 21 bilhões”.

Anúncio. O anúncio será feito às 17h em cerimônia no Palácio do Planalto. A lista, obtida pelo jornal O GLOBO, inclui Correios, Telebras, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Eletrobras , também está na carteira empresas que já faziam parte da lista do governo, como Casa da Moeda, Lotex, Trensurb dentre outras com Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Empresa Gestora de Ativos (Emgea), Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Cesaminas), Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

*Com informações do Estadão e do blog João Borges (GloboNews)

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