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Pesquisa revela que mais de 12 milhões de clientes foram vítimas de golpes na internet

Estudo também mostra que mais 46% foram alvo de fraude nos últimos 12 meses

Publicado em 16/08/2019 às 18:12Atualizado em 17/12/2022 às 23:28
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A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizaram pesquisa sobre os golpes financeiros aplicados no comércio online nos últimos 12 meses. Os mais comuns são mercadorias compradas e não entregues, produto ou serviço recebido diferente das especificações da venda anunciadas pela empresa e clonagem de cartão.

As mulheres foram as maiores vítimas de fraudes financeiras, representando 53% dos atingidos e os homens, 47%. A média de idade foi de 37 anos. Eletrônicos e vestuário lideram o ranking de itens não recebidos. Marketplace é o principal canal de venda fraudulenta. A pesquisa da CNDL e SPC ouviu 917 pessoas em todas as capitais do país com idade a partir de 18 anos e de todas as classes sociais.

Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, fundamental é que os clientes tomem cuidados básicos para evitar transtornos com as fraudes e desconfiem de facilidades ofertadas. “O comércio eletrônico tem crescido consistentemente no Brasil, em grande medida devido a uma combinação entre diversidade, preços competitivos, comodidade e segurança nos mais diversos segmentos de consumo. Entretanto, muitas pessoas não tomam os cuidados necessários nas transações on-line, o que contribui para que sejam enganadas”.

Cesar da Costa enfatiza que são comuns, por exemplo, ofertas a valor muito abaixo da média praticada no mercado de consumo daquele produto ou serviço, o que mostra indício de que pode se tratar de tentativa de golpe”, alerta. Pouco mais da metade (51%) dos entrevistados da pesquisa afirmou ter sofrido algum prejuízo financeiro com a fraude, sendo o valor médio do dano de R$ 478.

De acordo com o estudo, 46% dos internautas brasileiros foram vítimas de algum tipo de fraude financeira, o que equivale ao universo de 12,1 milhões de pessoas. Quase um quarto das vítimas perdeu documentos pessoais.

Perda de tempo e burocracia para os consumidores provarem que tiveram razão nas reclamações contra as fraudes foram identificadas pelos entrevistados como as principais dificuldades. Prejuízos gerados equivalem a R$ 1,8 bilhão.

Entre os fatos que antecederam a fraude, a pesquisa revelou que os mais comuns foram perda de documentos pessoais (24%); roubo, assalto ou furto (21%); perda de cartão de débito ou crédito (18%), e fornecimento acidental de dados pessoais para terceiros por telefone, e-mail, WhatsApp ou sites (13%). Considerando-se aquelas pessoas que disseram ter fornecido acidentalmente dados pessoais ou cópias de documentos pessoais para terceiros, 40% cadastraram seus dados em sites falsos de promoção.

Outros 39% dos entrevistados se inscreveram em suposta vaga de emprego, 22% realizaram compra em site falso sem perceber, 21% receberam contato telefônico de uma pessoa se passando por funcionário de instituição financeira, 18% receberam notificação falsa para quitação de débito e 18% receberam falso e-mail de banco ou empresa pedindo atualização de dados cadastrais ou bancários.

Golpe em números

Diante da vulnerabilidade a golpes, as fraudes mais sofridas pelos entrevistados foram o não recebimento de produto comprado (52%), compra de um produto ou serviço diferente das informações especificadas pelo vendedor (42%), cartão de crédito ou débito clonado (25%), contratação de serviços ou compra indevida de itens usando documentos falsos, perdidos ou roubados da vítima (14%), transações em conta bancária sem autorização (13%) e pagamento de serviço não realizado (11%). Entre os serviços contratados e não realizados, 32% contrataram o serviço de falsa agência de emprego, 24% de uma empresa de renegociação de dívidas, 22% de organizadores de festas e 22% de limpeza de nome negativado.

Para quem teve produtos ou serviços adquiridos em seu nome, usado em documentos falsos, perdidos ou roubados, as ações criminosas mais comuns foram a contratação de pacotes de internet (29%), TV por assinatura (29%), linha de telefone celular (25%), empréstimo (24%) e crediário (17%).

*Com informações do Estado de Minas

 

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