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Pente-fino nos benefícios pagos pelo INSS já cortou 226 mil auxílios-doença

Governo estima fazer 1,2 milhão de perícias em benefícios pagos pela autarquia

Publicado em 16/01/2018 às 15:07Atualizado em 16/12/2022 às 07:12
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Pente-fino nos benefícios pagos pelo INSS começou em 2016 e a estimativa do governo federal é que até o fim deste ano 1,2 milhão de perícias sejam feitas. Quem informou foi o ministro interino do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, ao G1, que confirmou 249,8 mil perícias já feitas até dezembro do ano passado, que resultaram no cancelamento de 226,2 mil auxílios-doença.

Quando a revisão foi anunciada, a intenção anunciada pelo governo era “colocar uma tampa sobre os ralos que estão abertos”. Nesse sentido, o objetivo é eliminar pagamentos a pessoas que não têm direito a benefício.

A estimativa é que sejam realizadas 1,2 milhão de perícias até o fim deste ano. Para tanto, parte dos 3.864 peritos do INSS deverá aderir a uma nova forma de trabalho, que, segundo o ministro interino, levará em conta a produtividade. Este novo modelo flexibilizará o cumprimento da jornada de trabalho, além de levar em conta, por exemplo, as atividades diárias executadas pelos peritos. Assim, o profissional que aderir ao modelo deverá realizar quatro perícias diárias e também deverá se colocar à disposição de mutirões que o ministério julgar necessários.

A nova forma de trabalho teve suas regras publicadas na edição de segunda-feira (15) do Diário Oficial da União e os peritos devem se manifestar até o dia 30, informando caso tenha interesse na adesão. A estimativa de Beltrame é que 1,5 mil profissionais manifestem sua adesão.

Segundo as contas da pasta, se cada um deles realizar ao menos quatro perícias diárias, o INSS poderá revisar média de 120 mil benefícios por mês, o que garantirá a previsão de 1,2 milhão de revisões ainda em 2018.

Pente-fino. O pente-fino começou em agosto de 2016 e priorizou o auxílio-doença nos casos em que o beneficiário não passa por revisão médica no INSS há pelo menos dois anos. A consulta de revisão é obrigatória e tem como objetivo atestar a incapacidade do trabalhador. Ficam de fora da consulta aqueles com mais de 60 anos e quem tiver 55 anos e receber o benefício há pelo menos 15 anos. O beneficiário incluído no pente-fino recebe carta de convocação e tem até cinco dias úteis para agendar a perícia pela Central de Atendimento da Previdência Social, no telefone 135, sob pena de suspensão automática do benefício até a regularização da situação. Caso seja bloqueado, o benefício ainda pode ser cancelado caso o trabalhador não agende a perícia nos próximos 60 dias.

Pente fino nos benefícios pagos pelo INSS: Perícias realizadas até dezembro/2017 249.878 Benefícios cortados 226.273 Economia gerada R$ 5,7 bilhões Previsão de perícias em 2018 1,2 milhão

 Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social

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