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Tratamento adequado pode reduzir a cegueira infantil

Última pesquisa sobre deficiência visual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, até a idade de 14 anos, em torno de 66,4 mil crianças são cegas

Publicado em 22/10/2017 às 10:03Atualizado em 16/12/2022 às 09:38
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Reprodução

Pesquisa mostra que óculos melhoram o rendimento escolar, comportamento e a concentração das crianças

Última pesquisa sobre deficiência visual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, até a idade de 14 anos, em torno de 66,4 mil crianças são cegas e 297 mil têm grande dificuldade de enxergar no país. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier em Campinas, os problemas de visão são a maior causa de baixo rendimento escolar. Prova disso é o resultado de estudo realizado com 36 mil crianças que receberam consultas e óculos no hospital. Após um ano usando a correção visual, 51% melhoraram o rendimento escolar e 57% também tiveram mudança no comportamento e na concentração.

O problema, segundo Queiroz Neto, é que a dificuldade para enxergar não dói nem altera a aparência dos olhos e a criança não sabe relatar quando tem alguma alteração na visão. “Por isso, muitas vezes a situação da criança passa despercebida pelos pais e professores. Isso explica por que oito em cada dez pré-escolares nunca foram ao oftalmologista”, alerta.

O médico afirma que a falta de acompanhamento oftalmológico faz a ambliopia ou olho preguiçoso ser a maior causa de cegueira monocular na infância. “Isso porque o desenvolvimento da visão acontece até os oito anos de idade. Qualquer bloqueio nesse período faz a criança usar mais o olho de melhor visão, comprometendo o desenvolvimento do mais fraco. O resultado é a ambliopia. A terapia para sanar o problema consiste em ocluir o olho de melhor visão para estimular o desenvolvimento do outro. Caso o tratamento não seja feito antes dos oito anos, a deficiência no olho de menor visão torna-se permanente”, esclarece o especialista.

Até os dois anos, o oftalmologista diz que os pais devem estar atentos ao lacrimejamento excessivo, olhos vermelhos ou com secreção, falta de interesse pelas pessoas e pelos ambientes, pupilas muito grandes, opacas ou de cor acinzentada. Dos três aos cinco anos, os sinais de que algo está errado com a visão são tombar a cabeça para um lado, coçar muito os olhos, fechar um dos olhos em ambientes ensolarados, desviar os olhos para dentro ou para fora.

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