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Wilson Rondó Júnior alerta que o diabético nunca deve parar de tomar os medicamentos por conta própria
Para os diabéticos, não há nada pior que a hora da refeição. Eles nem podem levantar os seus garfos, que alguém lhes diz o que devem ou não devem comer. E no café da manhã a história é a mesma. Para o nutrólogo Wilson Rondó Júnior, de São Paulo, está na hora de pegar o garfo para dizer aos opinativos que vai usá-lo para ingerir linguiça, ovos e bacon.
Pesquisas recentes comprovam que os melhores alimentos para os diabéticos são aqueles altamente proteicos, deliciosos e gordurosos, que todos os inexperientes continuamente lhes dizem para não comer. “O mais importante é que o diabético necessita desses alimentos, especialmente de manhã. De acordo com um estudo novo, um café da manhã com gorduras e proteínas pode triplicar o controle de açúcar sanguíneo no organismo, possivelmente permitindo reduzir os medicamentos. Por outro lado, uma refeição de baixas calorias, que todos os outros pensam que o diabético deve comer, pode, na verdade, fazê-lo perder o controle e necessitar de mais medicamentos”, explica.
Rondó Júnior explica que, ao passo que um café da manhã ajudará o diabético a se sentir satisfeito o dia inteiro, um de baixas calorias o deixará tão faminto que ele estará pensando em comida de manhã, à tarde e à noite, de acordo com o estudo feito com 59 diabéticos. “Deve-se comer gorduras e proteínas em todas as refeições, em vez de só pela manhã. Faça isso, evite os carboidratos e logo poderá reduzir os medicamentos e deixar de lado tantas injeções de insulina. O segredo não é apenas reduzir os carboidratos, e sim em evitá-los, como venenos que eles são, o que significa, também, não mais ingerir açúcares, pães, massas, etc. O diabético terá que ficar muito atento, ainda, aos carboidratos “escondidos” em tudo, desde bebidas até molhos de salada”, recomenda o especialista.
A mandioca, por exemplo, tem Índice Glicêmico zero. Isso significa que, se um diabético tem compulsão por pão, deve optar por comer a mandioca. “A grande vantagem, no caso do diabético, é que as gorduras e as proteínas não são convertidas em glicose tão rápida ou completamente, portanto ele não tem aqueles picos de elevação de glicemia. Com isso, não passará muito tempo para que o médico anuncie a esse paciente que ele pode reduzir os medicamentos e as injeções de insulina. Além disso, é benéfico comer verduras à vontade e frutas de vez em quando”, orienta Rondó Júnior.
O nutrólogo alerta, no entanto, que um diabético nunca deve parar de tomar os medicamentos por conta própria, sendo fundamental sempre conversar e fazer o acompanhamento rotineiro com o médico. (TM)