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Brasil registra aumento de trabalho infantil entre crianças de 5 a 9 anos

Quase três milhões de crianças e adolescentes trabalham no Brasil

Publicado em 12/06/2017 às 12:05Atualizado em 16/12/2022 às 12:42
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 Foto/Reprodução/Agência Brasil

Pesquisa mostra que o número de trabalhadores precoces corresponde a 5% da população que tem entre 5 e 17 anos no Brasil

No dia em que se celebra a luta mundial contra o Trabalho Infantil, dados de crescimento no trabalho infantil entre crianças de 5 a 9 anos assustam. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, em todo o Brasil, a mão de obra de crianças e adolescentes ainda é explorada de forma indiscriminada.

Seja nos semáforos, nos lixões, em feiras, restaurantes, no campo, em indústrias ou dentro de casa, os direitos à infância e à educação são negados para quase três milhões de crianças e adolescentes no país.

Em 2015, ano da última pesquisa do IBGE, quase 80 mil crianças de 5 a 9 anos estavam trabalhando, e a perspectiva é de que nas próximas pesquisas, quando elas estiverem mais velhas, possam promover o aumento do número de adolescentes que trabalham.

Representantes da rede de proteção à infância afirmam que o dado é preocupante e deve ser destacado nas campanhas realizadas para marcar o Dia Internacional contra o Trabalho Infantil, celebrado hoje (12) em todo o mundo. A data foi instituída há 15 anos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para promover ações em todo o mundo e mobilizar diferentes atores no combate ao trabalho infantil.

Destaque é a região em que as crianças vivem. Segundo a pesquisa, cerca de 60% delas vivem na área rural das regiões Norte e Nordeste, onde estudos apontam que esteja concentrada a pobreza no país.

Para o Fórum Nacional, outro ponto que deve ser lembrado durante a campanha é o não cumprimento pelo Brasil da meta firmada junto à Organização Internacional do Trabalho de eliminar todas as piores formas de trabalho infantil até 2016. Entre as formas mais graves descritas na Convenção Internacional 182, da qual o Brasil é signatário estão à escravidão, o tráfico de entorpecentes, o trabalho doméstico e o crime de exploração sexual, que, no caso dos dois últimos, vitimam principalmente meninas negras.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a meta de erradicação das piores formas foi reagendada para 2020 e a de todas as formas de trabalho infantil para 2025, em acordo firmado com a comunidade internacional na OIT, no âmbito dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. O ministério ressalta, ainda, que realizou, de 2006 a 2015, quase 47 mil ações de fiscalização que resultaram na retirada de 63.846 crianças e adolescentes do trabalho, colimando na redução apontada pelo IBGE em 2015.

Fonte: Agência Brasil

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