GERAL

Quase 700 mil pessoas sofrem acidentes de trabalho por ano no Brasil

O país figura na quarta posição dos países que registram mais acidentes durante atividades laborais; afastamentos por licença médica custaram R$22 bi aos cofres públicos

Publicado em 05/06/2017 às 10:30Atualizado em 16/12/2022 às 12:52
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 Descuido, falta de equipamentos de segurança e até exaustão acarretam 700 mil acidentes de trabalho por ano em todo o Brasil. A gravidade do problema que atinge trabalhadores de várias profissões é apontada em dados recentes divulgados pelo Ministério do Trabalho e pela Previdência Social.

Os números preocupam. O Brasil figura na quarta posição dos países que registram mais acidentes durante atividades laborais, permanecendo atrás apenas da China, Índia e Indonésia. Ainda conforme o levantamento, desde 2012, a economia já sofreu um impacto de R$22 bilhões em decorrência ao alto índice de pessoas afastadas após sofrerem ferimentos durante o trabalho. Se fossem incluídos os casos de acidentes em ocupações informais, esse número poderia chegar a R$40 bilhões, segundo publicação do Estado de Minas.

Entre 2012 e 2016, 3,5 milhões de casos de acidente de trabalho foram registrados em 26 estados e no Distrito Federal. Esses casos resultaram na morte de 13.363 pessoas e geraram um custo de mais de R$ 22 bilhões para os cofres públicos com gastos da Previdência Social, como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio-acidente para pessoas que ficaram com sequelas. Os dados apontam, ainda, que, nos últimos cinco anos, 450 mil pessoas sofreram fraturas enquanto trabalhavam.

A lei determina que as empresas são obrigadas a garantir a segurança dos funcionários. Contudo, cabe também ao trabalhador informar a inexistência de equipamentos adequados para a segurança, bem como situações perigosas que porventura ocorrerem no local de trabalho.

Diferentes áreas. Os dados do governo levaram em consideração a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), que divide as profissões em áreas de atuação. Assim sendo, não existe uma classificação específica para cada categoria profissional. Em 1966, o governo criou a Fundacentro, entidade ligada ao Ministério do Trabalho que tem como finalidade o estudo e pesquisa das condições dos ambientes de trabalho.

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