O IPCA-15 acumula 6,11% no ano, ficando bem abaixo dos 8,49% registrados no mesmo período de 2015. A queda foi provocada pela redução no preço dos alimentos
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Segundo Marco Antônio Nogueira, a transição do governo contribuiu para a retomada do crescimento do País
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga prévia da inflação oficial dos 15 primeiros dias do mês de outubro medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) que apresentou queda em todo o País. Em setembro, a taxa registrou (0,23%), já em outubro foi de (0,19%) a mais baixa para o mês desde 2009.
O IPCA-15 acumula 6,11% no ano, ficando bem abaixo dos 8,49% registrados no mesmo período de 2015. A queda foi provocada pela redução no preço dos alimentos de 0,25% entre setembro e outubro. Os produtos protagonistas na deflação (queda nos preços) foram o leite longa vida (- 8,49%), a batata-inglesa (-13,03%), hortaliças (-6,18%) e feijão-carioca (-6,17%). Já os artigos de residência também tiveram deflação (-0,31%). O mesmo aconteceu com as despesas pessoais (-0,12%). O que evitou que houvesse uma redução maior da inflação foi o item de transporte com alta de preços de 0,67% em outubro.
Para o economista Marco Antônio Nogueira, este resultado prevê que a inflação no mês de outubro seja menor que a dos meses de agosto e setembro. “Com isso, o governo pode reduzir a taxa de juros básicos, a Selic. Os agentes, empresas e bancos começam a acreditar que a inflação do ano que vem ficará em 4,5%. Assim, podem retomar investimentos, reduzir os custos dos empréstimos, além de causar nos empresários uma expectativa positiva de que haverá crescimento e, portanto, investir na produção, vendas e setor de serviço”, esclarece o economista.
Ainda para Marco Antônio, a transição do governo contribuiu para a retomada do crescimento do País. “O que ajudou também foi a aprovação, em 1º turno, da PEC 241, que limita o teto dos gastos do governo. Assim transparece que a dívida pública terá um controle maior. Com essa medida, a taxa de juros será menor para se financiar. Sendo assim, o mercado vai ter taxas de juros mais atrativas podendo investir na Bolsa de Valores, em novas máquinas e equipamentos, por exemplo”, ressalta o economista.