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Mudanças climáticas aumentam os sintomas de rinites não alérgicas

A otorrinolaringologista Ana Lúcia Bóscolo destaca que rinorreia, obstrução nasal, espirros e roncos podem ser sintomas de rinite não alérgica

Letícia Morais
Publicado em 04/09/2016 às 12:13Atualizado em 16/12/2022 às 17:26
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Foto/Arquivo

A rinite alérgica aparece devido ao uso de lã, à exposição aos ácaros, às janelas que ficam mais tempo fechadas, às roupas guardadas, ao cheiro de mofo e ao aumento da poeira no tempo seco

Uma das implicações mais preocupantes da mudança climática é seu impacto na saúde humana. Mas por que as pessoas tendem a ficar mais gripadas quando há uma mudança no tempo? De acordo com a otorrinolaringologista Ana Lúcia Soares Bóscolo, as glândulas submucosas são responsáveis pela produção de secreções nasais e têm uma abundante inervação do sistema nervoso parassimpático.

Dessa maneira, a especialista ressalta que, quando esse sistema é estimulado pelo frio, por exemplo, o fenômeno leva à rinorreia, que é a drenagem de líquido pelo nariz. “O ar quente e úmido – 37°C e 90% de umidade – reduz a resposta parassimpática, previne a evaporação da superfície mucosa, reduzindo a atividade dos mastócitos e inibindo a liberação de histamina. Por isso, no calor, temos menos rinites”, explica.

A especialista salienta que, com o frio e a baixa umidade do ar, ocorre justamente o inverso. Segundo Ana Lúcia, há um estímulo do sistema parassimpático nasal para a liberação da acetilcolina, que age nas glândulas mucosas. “Portanto, há liberação de histamina e produção de secreção, com coriza e todos os outros sintomas”, destaca a médica.

Além da rinite instigada pelo frio, a médica salienta que, nessa época, existe um estímulo maior para o aparecimento da rinite alérgica. “A rinite alérgica aparece devido ao uso de lã, à exposição aos ácaros, às janelas que ficam mais tempo fechadas, às roupas com cheiro de guardadas, ao cheiro de mofo e ao aumento da poeira no tempo seco. E os tipos de rinite se sobrepõem, o que aumenta o número de acometidos no inverno”, conclui. Especialista indica cuidados para preparar o corpo às novas alterações

A otorrinolaringologista Ana Lúcia Bóscolo organizou uma lista de cuidados com o corpo, a pedido do Jornal da Manhã. Confira:

- Evite ar condicionado, pois seca muito o ar. Se não for possível, umidifique o ambiente com objetos de decoração que tenham água;

- Evite a prática de esportes no tempo seco;

- Evite produtos que provocam alergia e são irritativos;

- Lave o nariz com soro fisiológico diversas vezes ao dia;

- Hidrate-se bastante, mesmo no frio e, de preferência, com chás quentes;

- Conserve as janelas abertas apesar do frio;

- Lave as roupas de frio antes de usá-las;

- Ao dormir, coloque um umidificador de ambiente ou uma toalha molhada no quarto;

- Um balde de água também funciona no quarto, mas cuidad deve-se trocar a água diariamente, por causa da dengue.

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