GERAL

MPE manda ofício contra projeto da ideologia de gênero para BH

Pedido de intervenção pela inconstitucionalidade do projeto da ideologia de gênero no sistema educacional foi feito pelos representantes do Sinpro-MG, Sindemu e SindUte

Thassiana Macedo
Publicado em 18/11/2015 às 08:08Atualizado em 16/12/2022 às 21:15
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Foto/Divulgação

Sindicalistas protocolaram ontem o pedido de intervenção no Ministério Público Estadual

Sindicatos que representam a categoria dos professores em Uberaba entregaram ontem mais um ofício pedindo a intervenção jurídica no Projeto de Emenda à Lei Orgânica, na Câmara Municipal, que proíbe a inclusão da ideologia de gênero no sistema educacional. Desta vez, a solicitação foi feita ao Ministério Público Estadual (MPE).

O pedido de intervenção pela inconstitucionalidade do projeto foi feito pelos representantes do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG), Marcos Mariano, pelos professores da rede particular; do Sindicato dos Educadores do Município de Uberaba (Sindemu), Adislau Leite, e do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUte), Maria Helena Gabriel, pela rede estadual, bem como o Conselho Municipal de Educação, representado pela servidora Ana Cláudia.

A diretora do MPE em Uberaba, promotora Sandra Maria Silva Rassi, recebeu o ofício e vai encaminhá-lo à Promotoria Especializada em Educação, localizada em Belo Horizonte, a qual realiza a coordenação de demandas desta área no Estado. Além disso, as entidades também não descartam entrar com ação judicial conjunta contra a Câmara Municipal.

Para Adislau Leite, o que os vereadores estão passando para a sociedade não é o que os profissionais da Educação entendem como discussão de gênero. “Dizer que eles não abrem mão do sagrado dever de passar a orientação sexual aos seus filhos dá impressão de que, se houver um projeto para discutir o tema nas escolas, vamos tirar esse direito. Muito pelo contrário, o que os professores mais querem é que as famílias assumam o seu papel. Agora, esse assunto nós sempre discutimos com os alunos, porque os problemas aparecem. Quando os alunos chegam com dificuldades dessa natureza, como assédio ou abuso, por exemplo, o que em alguns casos pode ocorrer dentro da família, o professor deve ter liberdade de conversar e esclarecer”, afirma.

A Câmara Municipal reafirma que a questão da ideologia do gênero nas escolas foi amplamente debatida com a sociedade e entrou na pauta do Legislativo de Uberaba a partir de duas representações. A intenção, segundo nota, é poupar a individualidade e defender a família, entendendo que o assunto deve ser tratado no seio familiar e não ser terceirizado à escola. A Câmara reforça ainda que houve, sim, o parecer de inconstitucionalidade por comissão, o qual foi derrubado pelo plenário.

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