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Dupla que incendiou casa com família dentro é condenada

O comerciante Donhilton Ferreira Alves, o Porquinho, e o enteado dele, Murilo Pereira Botelho, foram condenados pela tentativa de homicídio praticada contra família de oito pessoas

Daniela Brito
Publicado em 25/03/2015 às 10:49Atualizado em 17/12/2022 às 00:51
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Fot Fernanda Borges

O comerciante Donhilton Ferreira Alves, o “Porquinho”, e o enteado dele, Murilo Pereira Botelho, foram condenados pela tentativa de homicídio praticada contra uma família de oito pessoas, em júri popular realizado ontem no Fórum Melo Viana. O julgamento, presidido pelo juiz Fabiano Garcia Veronez, pertenceu à 2ª Vara Criminal. 

Durante o julgamento, os dois confessaram o crime. Porém, a defesa, desempenhada pelo advogado Claudio Fortunato de Queiroz, conseguiu  desclassificar duas das três qualificadoras contidas na denúncia – motivo fútil, meio que dificultou a defesa das vítimas. Os jurados apenas consideraram a qualificadora de emprego de fogo.

Houve também êxito da defesa na tentativa de não condená-los pelo  crime de concurso material visto que os réus foram denunciados por oito tentativas de homicídio. Conforme o advogado, a tese do chamado crime continuado. Segundo ele, estas duas estratégias acatadas pelo “Conselho de Sentença” reduziram consideravelmente a pena arbitrada pelo juiz-presidente.  Donhilton foi condenado a dez anos e cinco meses de prisão e Murilo sentenciado à pena de onze anos e três meses. A pena deve ser cumprida inicialmente no regime fechado.

A princípio, o advogado irá analisar a possibilidade de recorrer da decisão do “Tribunal do Júri”. Já a acusação, desempenhada pelo promotor de Justiça, Roberto Pinheiro da Silva Freire, também pode interpor recurso contra o resultado do julgamento.

O crime ocorreu em uma residência localizada na chácara Barro Preto, próximo ao posto de combustível Caxuxa, na BR-050, em maio de 2013.

Os réus arrombaram o imóvel da fazenda onde estava a família, armados com facões e podões. A primeira vítima rendida foi um dos homens da família. Ele foi agredido com golpes de facão. Outra vítima viu a agressão e acabou sendo atingida pelos golpes. O restante do grupo, ao perceber a invasão, se escondeu em um dos quartos da fazenda. Ameaçando matá-los, dizendo que iriam amarrar as crianças e ainda abusar sexualmente das mulheres, eles atearam fogo no imóvel. Uma das vítimas tentou escapar pela janela e também foi agredida na cabeça. As vítimas conseguiram escapar do imóvel ainda em chamas com algumas queimaduras. O motivo do crime seria uma desavença entre as partes.

Tribunal do Júri volta a se reunir na 5ª. Tribunal do Júri retoma a pauta de julgamento nesta quinta-feira (26) no Fórum Melo Viana.  O pedreiro Bento Morais da Silva senta no banco dos réus pelo homicídio triplamente qualificado do eletricista Gidel do Nascimento Costa, 24 anos. O júri será presidido pelo juiz Fabiano Garcia Veronez.

De acordo com a denúncia, a vítima foi morta com golpes de podão, em 21 de abril de 2012, no Jardim Uberaba. O réu será defendido pelo advogado Leuces Teixeira de Araújo enquanto a acusação será desempenhada pelo promotor de Justiça Roberto Pinheiro da Silva Freire. A pauta pertence à 2ª Vara Criminal.

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