Proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma tentativa de unificar a língua portuguesa, sobretudo na internet, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa passa a ser obrigatório no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2013. Ainda assim, em todo o país, muitos professores reclamam não ter recebido o treinamento ou orientações adequadas das secretarias de Educação sobre a nova ortografia. Por outro lado, em Uberaba, o secretário de Educação, José Vandir, garante que todos os livros didáticos já estão em acordo com o que determina a nova regra.
Além do Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe assinaram o Acordo. No entanto, aqui ele só passou a valer após a promulgação feita pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008. Na época, ficou estabelecido que o período de transição ocorreria entre 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012.

Ao Jornal da Manhã, José Vandir explicou que todos os professores da rede pública participam de cursos de formação continuada. Segundo ele, não existe um curso específico para orientar sobre as novas regras ortográficas. No entanto, ele garante que o assunto sempre é lembrado. “Essa orientação ocorre na transversalidade. Independentemente do curso de formação, o assunto sempre é lembrado, sendo que todos os textos discutidos já são adaptados às novas regras”, disse, lembrando que, mesmo com a obrigatoriedade valendo a partir do próximo ano, “ainda leva um bom tempo para que todos assimilem, pois tudo é uma questão de prática, uso no dia a dia. A grande diferença, é que passará a ser exigido”.
Questionado sobre os livros didáticos, Vandir foi enfático ao afirmar que todos os materiais repassados às escolas já estão em sintonia com o que pede o Acordo. “Além disso, as escolas já receberam exemplares do Vocabulário da Língua Portuguesa, o Volp”, concluiu.