Caro amigo leitor, o artigo da semana passada andou rendendo – Código de Carcereiro. Pensei em escrever o segundo, mas aquela voz que me acompanha desde criança, quando minha santa mãezinha partiu, soprou em sentido contrário; daí, como de sempre, obedeci sem embargo essa voz santa e poderosa.
Hoje, diante de tantos escândalos, maracutaias, corrupção e desmandos, frequentes nas últimas três décadas de forma sistêmica – 1986/2014; analisando as falas e justificações daqueles que são surpreendidos com a mão “na massa” ou a “boca na botija”, conclui que são contaminados pelo efeito da amnésia política.
Tal comportamento patológico, principalmente nos últimos doze anos, vem crescendo de forma assustadora. Aquele que era o amigo fiel, o escudeiro de todas as horas, o ético e compromissado com a coisa pública, como num passe de mágica, transforma-se no inoportuno, desequilibrado, mau caráter, oportunista etc.
Falando de forma mais objetiva e clara, é o que está ocorrendo com administração petista instalada no Planalto Central. Os amigos de todas as horas, quando “indesejáveis”, viram monstros comedores de criancinhas.
Mais objetivo ainda, onde está o grande cacique Lula e seus asseclas diante dos últimos fatos relatados pela revista Veja? É de uma relevância sem precedentes a delação do Sr. Paulo Cesar Roberto, ex-diretor da PTbras.
Digo mais, sem querer fazer a defesa do ex-presidente Collor, este, por muito e muito menos, foi enxotado da Presidência. O espetáculo de ilicitudes relatadas pelo ex-diretor da PTbras, se estivéssemos num país sério, a douta gerentona Dilma estaria bem longe do Planalto.
Daí, como sempre, aquele silêncio sepulcral e o mesmo comportamento, ou seja, a síndrome do esquecimento e da amnésia política: não sei, não vi, não conheço, não lembro, assinei sem ler..., não é de meu conhecimento, e por aí vai.
Basta lembrar que o delator – ex-diretor da PTbras – é um velho conhecido do Lula e Dilma e detinha um alto cargo, ao que consta, uma indicação de um grande aliado. Desde 2006 estava gerenciado aquele importante setor. O sistema é presidencialista; agora, vem querer demonstrar que nada sabia; não tem responsabilidade pelo acolhimento da indicação? O que é isso “companheiros”? Fogem do assunto, com explicações vagas, o mesmo comportamento dos últimos doze anos.
Quando do escândalo do Mensalão, o Lula disse que os PeTralha$ e o PT deviam pedir perdão para a nação brasileira – basta olhar o vídeo nas redes sociais. Em seguida, disse que o Mensalão era uma ficção, coisa da esquerda e da mídia – rsrsrsrsr. Quando não tem o que dizer, ou seja, o caso é de batom na cueca, vem com a velha cantilena: não sei, não vi, não lembro, não me lembro de ter assinado, a assinatura não é minha, é culpa da mídia, é culpa da esquerda, é armação daqueles que torcem contra o Brasil, é coisa de aloprado, é coisa de americano, enfim, já ando com a bolsa escrotal cheia de tanta maledicência. Mencionei bolsa escrotal para não mencionar o nome da genitora desses malfeitores.