Os últimos dias lembraram o típico prato mineiro feito de sobras de comida misturadas
Os últimos dias lembraram o típico prato mineiro feito de sobras de comida misturadas, aquecidas e temperadas: o mexido, também batizado com outros tantos nomes. Diríamos que as notícias que se seguem são sobras esquentadas, por serem, há muito, aguardadas. E elas nos nocautearam, não nos permitindo eleger um tema único para esta coluna. Segue a mistura.
A beatificação, por Bento 16, do admirável Pontífice João Paulo 2o vem coroar a veneração do povo por este homem que já é tido como santo por muitos fiéis da Igreja Católica, embora, para chegar a tanto, tenha de passar pelo processo de canonização. João Paulo lutou pela paz, tornando-se um dos responsáveis pelo fim do comunismo no Leste Europeu. Com sua mensagem positiva a todos os povos, é exemplo para líderes das nações.
Encerrou-se, enfim, o duelo Obama x Osama, com o anúncio da morte do líder terrorista da Al Qaeda, Osama bin Laden, esperada desde os atentados de 11 de setembro de 2001.
A Inglaterra e o mundo inteiro se encantaram com a cerimônia do casamento de William e Kate, o casamento do século, que trouxe à tona o charme e o luxo da monarquia inglesa, contestada por uma minoria de súditos da rainha Elizabeth II.
Saiu o resultado do Censo 2010. Se antes o Brasil era um país jovem, hoje não é mais. Somos um país envelhecido. E também menos branco, com população mais velha e com mais mulheres que homens. O número de filhos por família diminuiu. E a busca de melhores condições de vida, incluindo educação e facilidade no tratamento da saúde, provocou o êxodo rural.
E a notícia cheia de paixão, como exige nosso futebol (Que me desculpem os contrários!): Flamengo Campeão! Mais não diremos, que necessidade nem há.
Quanto à notícia corriqueira das mortes no trânsito de nossa cidade, especialmente as de idosos, esquecidos pelo governo, apelaremos às autoridades por uma campanha eficaz, ou já convém usarmos dos atributos do Beato João Paulo II?
Enquanto ficamos na expectativa dos desdobramentos de todos esses fatos, sentimos saudades dos finais dos contos de fadas em que todos (ou a maioria) viviam felizes para sempre... E, de preferência, comendo um mexido caprichado no finzinho da tarde...
(*) membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro